
Editor-executivo de Economia, é especialista em Teorias da Comunicação e da Imagem pela Universidade Federal do Ceará e mestre em Psicologia pela Universidade de Fortaleza. É vencedor de vários prêmios de jornalismo, como o Petrobras, Anac e ABCR.
Editor-executivo de Economia, é especialista em Teorias da Comunicação e da Imagem pela Universidade Federal do Ceará e mestre em Psicologia pela Universidade de Fortaleza. É vencedor de vários prêmios de jornalismo, como o Petrobras, Anac e ABCR.
A pandemia do novo coronavírus vem impactando de forma severa negócios dos mais diferentes segmentos mundo afora. No Brasil, não é diferente. Por aqui, as pequenas empresas enfrentam grandes dificuldades para se manterem de pé diante dos problemas financeiros. Além disso, a maioria delas está ouvindo "não" na hora de pedir empréstimo aos bancos, algo que torna a situação para os empresários ainda mais delicada.
No Ceará, neste mês de maio, os pequenos negócios registram perda de 53% nas receitas em relação a março, quando as medidas de isolamento social começaram a ser implantadas no Brasil. O Estado, inclusive, aparece na sexta posição do ranking nacional onde os impactos da pandemia sobre o faturamento das empresas foram mais representativos, empatado com Bahia e Minas Gerais.
Os dados são de pesquisa da fintech brasileira de empréstimos BizCapital, realizada com mais de 2 mil pequenos negócios. De acordo com o levantamento, as empresas tiveram maiores prejuízos nos estados do Acre, com queda de 70% do faturamento, Rio de Janeiro (69%) e Alagoas (65%). Por outro lado, as perdas foram menores no Rio Grande do Norte (20%). Tocantins e Paraíba aparecem em seguida, ambos com 30%, e depois vêm Mato Grosso do Sul e Mato Grosso, com 32%.
Mesmo com a volta gradativa das atividades econômicas em alguns estados como o Ceará, onde o período de transição para a reabertura dos negócios em quatro fases começa amanhã, muitas empresas não vão conseguir voltar, pois já fecharam as portas durante o período de isolamento. As que ainda respiram terão que enfrentar diversos desafios para se recuperarem da crise e manterem o fôlego. Isso porque o consumo de bens e serviços no Brasil, que já estava em ritmo lento antes da pandemia, deverá permanecer em níveis baixos, no mínimo, até o fim deste ano.
E, mesmo gerando mais de 70% dos empregos do País, as pequenas empresas enfrentam mais barreiras para conseguir crédito. Segundo o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), 60% dos empresários de pequenos negócios que já buscou crédito no sistema financeiro desde o início da crise teve o pedido negado. Além disso, há muito desconhecimento dos empresários a respeito das linhas de crédito que estão sendo disponibilizadas para evitar demissões e falência das empresas.
NEGÓCIOS EM ESCALA
A Endeavor, organização sem fins lucrativos líder no apoio a empreendedores de alto impacto, está com inscrições abertas para dois programas de aceleração. O primeiro é o Scale-up Nacional, que busca as chamadas "scale-ups", empresas maduras que já superaram o momento de provar seus produtos ao mercado e, agora, escalam com velocidade. A iniciativa oferece, aos empreendedores participantes, mentorias e conexões com os maiores nomes de diferentes mercados e busca 60 empresas de todo o Brasil.
As inscrições podem ser feitas até o dia 22 de junho pelo site https://endeavor.org.br/scaleup. Outra opção é o programa de aceleração Scale-up Alimentos e Bebidas, que oferece aos empreendedores mentorias e conexões com os maiores nomes da indústria. Com patrocínio do Grupo Pão de Açúcar (GPA) e Nestlé, a iniciativa busca 15 scale-ups que estejam prontas para crescer e construir soluções inovadoras. As inscrições seguem até 2 de julho pelo site https://endeavor.org.br/scaleup/alimentos-bebidas. Os programas são pagos.
MERCADO DE TRABALHO
Sérgio Margosian, gerente para a área de Recursos Humanos da Michael Page, consultoria especializada em recrutamento e seleção de profissionais, aponta cinco habilidades que deverão ser requisitadas por recrutadores após o fim da crise provocada pela pandemia do novo coronavírus.
1. AUTOCONHECIMENTO
Questões emocionais são importantes para a evolução dos negócios em momentos de instabilidade. Empresas que conseguiram enxergar novos caminhos, seja por meio de digitalização ou de novos aprendizados, sofreram menos impactos. Entrar na "zona de pânico" não é a melhor solução.
2. AUTOGESTÃO
Mais do que nunca, é preciso ter o mindset (modelo mental) de crescimento para transformar a crise em algo positivo. Para isso, é importante conhecer a realidade, mas saber priorizar as batalhas mais importantes nos âmbitos pessoal e profissional.
3. EMPATIA
Entender o outro é essencial tanto na rotina de trabalho, quanto na vida social, para estabelecer laços e engajar profissionais. Mas a empatia só é completa quando, além de compreender o outro, temos uma visão a partir dos seus sentimentos. A atitude fará com que novas soluções e posicionamentos surjam, ampliando os horizontes de negócios e proporcionando novas conexões.
4. CONSCIÊNCIA ORGANIZACIONAL
É preciso ter em mente que não voltaremos exatamente ao ponto em que estávamos antes da crise. O progresso dos negócios não é tão rápido quanto imaginamos, mas sim contínuo. Ter consciência organizacional é muito importante para realinhar as expectativas com relação ao processo, para saber o que falar e quais atitudes tomar ou não com os colaboradores, e também para aprender a ter mais empatia na volta das atividades.
5. GERENCIAMENTO DAS RELAÇÕES
A manutenção das relações dentro das empresas é extremamente importante para medir seu nível de influência, a eficiência de sua gestão, para rever a forma de tratar conflitos e de se comunicar. A comunicação não violenta é relevante, principalmente em momentos de instabilidade. É importante ter um protocolo prévio de como lidar com a situação para passar tranquilidade e guiar a equipe. Calma e assertividade nos processos comunicacionais são fundamentais para a retomada do trabalho.
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