1. Porque estamos cientes de que nosso voto pode mudar tudo. Ou deixar tudo exatamente como está. Durante muito tempo acreditamos que política era coisa de homem e que só algumas mulheres entravam nesse espaço. Hoje, sabemos que se, na política, houvessem mais mulheres que pensassem de forma a promover a igualdade de representação e equidade social, com certeza estaríamos numa situação melhor.

2. Porque muitas de nós, mulheres, estamos realmente preocupadas com a Democracia. A pesquisa “Eleitas: Mulheres na Política”, realizada pelo Instituto Update ttps://www.institutoupdate.org.br/eleitas/#estudo, que ouviu mulheres já atuando na política em vários países latino-americano e cientistas sociais, aponta que essas mulheres impulsionam a consciência democrática e estão alertas aos perigos que rondam a democracia. Os Estados Unidos, nesta última eleição, reconheceram que o voto das mulheres negras foi fundamental para a eleição do democrata Joe Biden, que pôs pela primeira vez na Casa Branca uma vice mulher e negra, Kamala Harris.

3. Porque as mulheres escutam mais. A pesquisa do Update revela que as mulheres exercem mais empatia na hora de ouvir e lutar por propostas que beneficiam as mulheres. No Brasil, temos uma maioria de eleitoras, mas são os homens que decidem praticamente todas as políticas que nos atingem desde a infância até a velhice. Não são todas as mulheres que têm percepção e sensibilidade para ver e ouvir empaticamente o que nos afeta como mulher, mas com certeza, conseguimos identificar mulheres que fazem a diferença nesse olhar particular para o público feminino.

4. Porque podemos ser criativas na apresentação de propostas. Ao ouvir 107 mulheres na América Latina que já ocupam cargos políticos, o Instituto Update verificou como as mulheres podem ser criativas no exercício da sua representatividade. E Cita o coletivo chileno Lastesis que luta contra a violência sexual contra as mulheres.

5. Porque precisamos melhorar a nossa representatividade. Esse talvez seja um dos principais pontos que devem impulsionar o voto feminino em mulheres. Se somos a maioria entre os votantes, torna-se quase uma emergência termos mulheres em igual nível de representatividade nos espaços políticos. Mulheres que possam fazer a diferença na vida prática de tantas mulheres que criam filhos muitas vezes sozinhas, de mulheres negras, de mulheres velhas desassistidas, de mulheres que sofrem violência.