A lua cheia já é, por si só, um fenômeno singular. Todos os meses, o objeto natural mais próximo da Terra, após vários dias de crescimento gradual, se apresenta majestoso no nosso céu, como um grande círculo prateado repleto de detalhes perceptíveis até a olho nu.

Porém há luas cheias e luas cheias. Em sua órbita em torno da Terra, o nosso satélite natural pode oscilar razoavelmente em termos de distância até nós. E quando ocorre de a lua cheia coincidir com um momento de máxima aproximação, temos um fenômeno ainda mais digno da nossa atenção do que de costume.

Chamada por alguns de Superlua, por outros de lua cheia de perigeu-sizígia, o certo é que nesta terça-feira, dia 14, teremos uma lua cheia a ser marcada na agenda. Principalmente se você conseguir se programar para observá-la nos primeiros minutos depois que ela surgir no horizonte.

É que ao nascer ou se por — ou seja, quando ela parece estar perto do chão — a impressão que nós temos é a de uma lua maior do que de costume. Trata-se apenas de uma ilusão de ótica, causada pela tentativa do nosso cérebro de estimar o tamanho da lua em comparação com os objetos da paisagem. O resultado é uma imagem ampliada e mais impactante do nosso satélite natural.

Some-se a isso a tonalidade amarela ou até alaranjada que ela assume nesse momento, devido à forte degradação que a atmosfera causa na luz que vem dos objetos celestes quando eles estão próximos ao horizonte, e o espetáculo está pronto.

Nesta terça, a Lua nasce um pouco à direita do ponto cardeal leste em torno das 18 horas. Para tirar o máximo proveito do fenômeno, o importante é estar num local com vista livre para o nascente nesse horário e pelos próximos 20 a 30 minutos. Quanto mais perto do nascer da lua você conseguir flagrá-la, mais impactante vai ser a visão.

Céus limpos e boas observações!