Romário Fernandes é professor de astronomia no Colégio Militar do Corpo de Bombeiros do Ceará e editor do canal AstronomicaMENTE. É especialista em ensino de astronomia, licenciado em matemática e bacharel em comunicação social. Atua desde 2017 nas áreas de ensino e divulgação da astronomia. É oficial do Corpo de Bombeiros
Colunista explica porque as "luas azuis" não são, de fato, azuis, o que a Lua Cheia de hoje tem de especial e qual a hora ideal para mirá-la nos céus
Foto: Romário Fernandes / Especial para O POVO
Superlua Azul poderá ser vista nos céus na noite desta terça-feira, 30
A Lua que teremos na noite desta quarta-feira, 30, tem duas peculiaridades: coincidirá com uma das maiores aproximações que o nosso satélite natural terá em relação à Terra neste ano e será a segunda Lua Cheia a surgir no céu nesse mês de agosto.
Pela primeira razão, ela é chamada, popularmente, de Superlua. Pela segunda, de Lua Azul.
A proximidade excepcional entre os dois astros, somada com o fato de ser Lua Cheia, vai nos propiciar a impressão de uma Lua maior do que o normal. Infelizmente, porém, a repetição da fase da Lua nesse mês não vai ter nenhuma influência na cor dela. A referência ao azul vem de uma expressão idiomática britânica para eventos raros, incomuns.
De fato, não é habitual termos duas luas cheias no mesmo mês. Isso porque a duração do mês adotada quase universalmente é baseada no próprio ciclo de fases da lua. Ou seja, contamos os meses em função do tempo que leva para a lua voltar à mesma fase. Mas não precisamente. E é aí que segredo da ocorrência eventual de "luas azuis".
Enquanto o ciclo lunar dura 29,5 dias, os nossos meses costumam durar 30 ou 31. Não é difícil entender que, caso tenhamos uma Lua Cheia no primeiro ou até no segundo dia de um mês de 31 dias, acabaremos tendo uma nova Lua Cheia no final daquele mês. Eis a "Lua Azul".
Porém, se de azul, visualmente, ela não terá nada, a Superlua de hoje traz consigo seus segredos. E o mais interessante para o amante dos céus é saber a hora certa de procurá-la no firmamento.
O fato de ser uma Lua aparentemente maior do que o normal se torna muito mais impactante aos nossos olhos quando nós a observamos ao nascer. Por um efeito da distorção que a luz sofre ao atravessar a atmosfera mais baixa somado com a presença de prédios, árvores e montanhas no campo de visão, que o nosso cérebro usa para comparar e tentar definir o tamanho da Lua, ela acaba parecendo incrivelmente maior ao surgir no céu!
Então, o segredo é procurar um lugar com vista livre para o nascente e aguardar a chegada do objeto mais imponente que surgirá no céu noturno neste ano, a partir das 17h30min!
Céus limpos e boas observações!
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