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A vergonha do mundo
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Cineasta e escritor

A vergonha do mundo

Líderes israelenses, com apoio do governo de Donald Trump, demonstram interesse em utilizar a "terra arrasada" em que se transformou a Faixa de Gaza para construir empreendimentos turísticos luxuosos
CRIANÇAS vasculham destroços ​​após ataque israelense que atingiu a casa de uma família palestina em Jabalia, no norte da Faixa de Gaza, em 23 de maio de 2025 (Foto: Bashar TALEB / AFP)
Foto: Bashar TALEB / AFP CRIANÇAS vasculham destroços ​​após ataque israelense que atingiu a casa de uma família palestina em Jabalia, no norte da Faixa de Gaza, em 23 de maio de 2025

O genocídio em Gaza representa uma crise humanitária devastadora, marcada pelo sofrimento extremo de civis, especialmente mulheres, idosos e crianças. Cerca de 50 mil civis palestinos foram assassinados, entre eles mais de 15 mil crianças. Calcula-se em mais de duzentos mil mutilados e doentes (à espera da morte), testemunhando o sacrifício dos seus parentes e a destruição das suas casas em ataques impiedosos contra hospitais, escolas, acampamentos e locais de refúgio, atingindo inclusive membros da ONU e jornalistas.

As prisões subumanas em Israel revelam uma realidade cruel de tortura contra palestinos, inclusive menores de idade. Segundo a ONU, sem acesso básico a água, alimentos ou eletricidade, cerca de 14 mil crianças correm risco iminente de morrer nas próximas semanas devido à fome e a doenças graves.

Essa tragédia ocorre diante da indiferença e do silêncio de grande parte dos países hegemônicos ocidentais, enquanto um segmento da imprensa corporativa manipula narrativas para justificar tais atrocidades. Gaza, antes descrita como o maior campo de concentração do mundo, hoje se reduz a ruínas, com milhares de corpos apodrecendo e alimentando os cães. Os líderes israelenses, especialmente Benjamin Netanyahu, com apoio declarado de Donald Trump, demonstram interesse em utilizar essa "terra arrasada" para construir empreendimentos turísticos luxuosos, fortalecendo o projeto expansionista da Grande Israel, abertamente defendido por setores extremistas sionistas.

Israel, como um Estado colonial dirigido pela extrema direita sionista, enfrenta críticas severas, tornando-se um Estado pária que constrange e horroriza grande parte da comunidade internacional. Tamanha atrocidade evidencia a falência das narrativas que sustentaram historicamente a posição moral de Israel, fragilizando os argumentos de vítima única da humanidade e de povo superior escolhido por Deus.

Mesmo com 82% da população israelense aprovando o genocídio, há, interna e internacionalmente, vozes críticas entre judeus progressistas que apontam esses crimes, unindo-se aos povos que formam o coro que denuncia o horror e grita: "Parem o genocídio! Já!".

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