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Seja inteligente ao discordar
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Rossandro Klinjey é palestrante, escritor e psicólogo clínico. Autor vários de livros, é consultor em temas relacionado a comportamento, educação e família, além de colunista da Rádio CBN. Foi professor universitário por mais de dez anos, quando passou a se dedicar à atividade de palestrante

Rossandro Klinjey comportamento

Seja inteligente ao discordar

Tipo Opinião

Se você é do tipo de pessoa que sabe discordar - efetivamente - de seus colegas, chefes e demais indivíduos no ambiente de trabalho, parabéns. Você possui uma habilidade muito, mas muito rara. E por que ela é assim tão rara? As pessoas, dentro das empresas, têm medo de provocar conflitos, por isso não entram em discussões, temendo, serem mal vistas pelos demais, temem errar quando opinam ou prejudicar a própria carreira profissional ao fazerem.
Assim todos fingem. Ninguém discorda cara a cara, mas falam mal por trás, o que provoca o pior dos ambientes, pois nem você nem a empresa avançam, o que é lamentável.
Afinal de contas, para que são feitas as reuniões, para todos dizerem amém? Claro que não. De modo algum você deve participar de uma reunião ou de uma equipe se não estiver disposto a discutir suas opiniões e concordar ou discordar das outras pessoas. (Também pode ser dos demais.)
Nestes casos, o silêncio não é uma contribuição, mas uma omissão. A não ser que você trabalhe numa empresa onde a verdade não é bem-vinda. Uma pena para você e para empresa, já que as equipes e organizações mais eficazes do mundo discordam regularmente sobre ideias e objetivos a serem alcançados. Discordam sobre quais estratégias serão implementados e quais etapas serão seguidas.
Então, afinal, onde está o nosso erro e como podemos mudar isso? Em qualquer diálogo vemos que as conversas construtivas muitas vezes são aniquiladas pela emoção, por mais que nos esforcemos para evitar que isso aconteça. Quando a tomada de decisão é motivada mais pela emoção do que pela razão as melhores ideias podem se perder, e, como consequência, o temido desgaste nos relacionamentos acaba acontecendo.
Então, como ser honesto numa conversa, numa reunião, sem pôr em risco os relacionamentos? A primeira coisa a ser feita é reconhecer a competência do outro. Mesmo que seja uma pessoa com a qual você não simpatize, lembre-se que todos têm experiências e conhecimentos únicos que estão disponíveis para o grupo.
Desse modo verá que o outro e você não necessariamente estão em oposição. Mas muitas vezes, justamente por vocês terem visão de mundo, aptidões e experiências diferentes, serão mais capazes de construir soluções.
Ao longo de qualquer reunião ou conversa, você deve estar verdadeiramente curioso por entender o que motiva alguém a ter um ponto de vista diferente do seu. Talvez ele esteja vendo algo que você não percebeu ainda, ou não tenha as informações que você tem.
Mas lembre-se de uma coisa importante. Quando alguém discorda de nós, nossa primeira reação é fortemente emocional, por isso dê um tempo antes de responder ou reagir. Desenvolva essa habilidade fantástica de estar consciente de sua tendência a ter uma resposta emocional, antes da intelectual. Leva tempo até dominarmos a técnica de processar uma resposta emocional enquanto mantemos uma conversa intelectual.
Para chegar a essa habilidade, faça uma pausa antes de falar, isso permite que a resposta emocional fique apenas dentro de você, em vez de sair equivocadamente de sua boca, o que poderia lhe expor.
Finalmente, saiba que a maioria das pessoas deseja chegar a um acordo sobre como resolver problemas, afinal, todos nós queremos manter relacionamentos positivos com nossos colegas de trabalho.
Desse modo, a chave do conflito e da discordância é que, uma vez decidida uma meta ou projeto ao fim de uma reunião, todos os jogadores devem apoiar as decisões tomadas. É prejudicial para a sua organização ter funcionários que tomam direções diferentes, tomam decisões duvidosas e enviam mensagens contraditórias para colegas de trabalho e clientes.
Isso não sugere que você não possa reconsiderar as decisões, pois o tempo e a experiência trazem mais informações. Mas, para começar, seu trabalho é fazer com que as decisões atuais funcionem.

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