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Nossa criança interior
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Rossandro Klinjey é palestrante, escritor e psicólogo clínico. Autor vários de livros, é consultor em temas relacionado a comportamento, educação e família, além de colunista da Rádio CBN. Foi professor universitário por mais de dez anos, quando passou a se dedicar à atividade de palestrante

Rossandro Klinjey comportamento

Nossa criança interior

Tipo Opinião

Nossos primeiros passos, a forma como fomos tratados inicialmente em nossa infância e as histórias que temos sobre isso: Quem éramos e como éramos, gera um fio muito significativo entre nossas histórias de nascimento e a história profunda que a criança dentro de nós carrega sobre quem somos.
Embora tenhamos poucas lembranças precisas de nossa infância, a nossa criança interior está muito presente em nossa vida e, em certas situações, está no assento do motorista, dirigindo nossos destinos.
Seu cérebro adulto pode usar a lógica e a razão para interpretar as situações, mas quando se trata de emoções, sua criança interior está lá exigindo ser satisfeita, ser curada.
No meu caso, minha criança interior tinha muitas necessidades não atendidas e isso me causou muitas dificuldades. Meu cérebro adulto sabia o que precisava fazer, mas eu gastava muita energia numa luta diária para manter a criança interior sob controle, sem jamais acolhê-la.
Essa criança interior sente a vergonha e a culpa que carregamos, e tantas coisas que lutamos para nos libertar. É difícil fazer o trabalho de cura sem entender seu impacto em nossas vidas adultas. Se não quisermos ir lá na infância e nos resgatarmos, vai ser difícil curar-se.
Há um pedaço significativo de nossa alma esperando para ser recuperada e acolhida.
A grande diferença agora é que não se trata mais de encontrar culpados, mas de você oferecer apoio, escuta e afeto a essa criança que nos trouxe até aqui, agradecendo por tudo que ela suportou, por tudo que ela fez.
Eu sei que existem em todos nós muitas necessidades não atendidas do passado, mas a nossa criança interior aprendeu a se adaptar, suportou tudo até aqui.
O que não podemos deixar de validar é que ainda há uma criança dentro de todos nós que espera tão somente ser reconhecida. E ela não precisa fazer nada especial para ser amada ou pedir desculpas por querer esse amor.
Não podemos mais negar nossa criança, mantê-la num quarto escuro da memória, o que precisamos fazer é cuidar dela e construirmos, agora juntos, um caminho de muitas possibilidades que espera por todos nós.

Foto do Rossandro Klinjey

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