MP do Ceará denuncia jovens por injúria racial em grupo de WhatsApp
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Rubens Rodrigues é jornalista, editor de Cidades do O POVO. Nesta coluna, trata de assuntos ligados a raça, diversidade e direitos humanos. MBA em Jornalismo Digital e pós-graduando em Direitos Humanos, Responsabilidade Social e Cidadania Global pela PUCRS. Está entre o TOP 50 +Admirados Jornalistas Negros e Negras da Imprensa Brasileira.
MP do Ceará denuncia jovens por injúria racial em grupo de WhatsApp
De acordo com a irmã da vítima, um dos acusados chegou a pedir desculpas em mensagens privadas, reconhecendo a ofensa
Foto: Reprodução/Ministério Público
MPCE denuncia jovens por injúria racial em Bela Cruz, no Ceará
O Ministério Público do Ceará (MPCE) denunciou dois jovens moradores do município de Bela Cruz, no interior do Ceará, acusados de injuriar uma mulher negra durante um debate político em um grupo de WhatsApp.
De acordo com o MPCE, o crime ocorreu no dia 10 de junho deste ano, no grupo “Central de Notícias”. Membros do grupo são pessoas da comunidade local.
"Durante uma discussão política, um dos acusados teria enviado uma figurinha com a imagem do 'Homo Erectus', interpretada pela vítima como uma alusão racista", aponta a denúncia do MPCE.
"Em seguida, o outro denunciado compartilhou imagens com frases como 'Ben negro', além de figuras de um homem negro comendo biscoito e um macaco rindo, intensificando as ofensas", diz ainda a denúncia.
As testemunhas ouvidas no inquérito confirmaram que os denunciados "agiram com o objetivo de calar e humilhar a vítima em razão de sua cor e posicionamento político".
De acordo com a irmã da vítima, um dos acusados chegou a pedir desculpas em mensagens privadas, reconhecendo a ofensa.
"Com os indícios de autoria e materialidade evidenciados por prints das conversas e depoimentos colhidos no inquérito, o MP do Ceará denunciou os dois jovens com fundamento no artigo 2-A da Lei nº 7.716/1989, que trata de crimes resultantes de discriminação ou preconceito de raça ou cor", diz o MP em nota. "A Promotoria também requereu a fixação de valor mínimo para reparação dos danos morais sofridos pela vítima".
O promotor de Justiça Diego Leal assinou a denúncia.
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