Historiador, pesquisador, escritor, editor do O POVO.Doc e ex-editor de Opinião do O POVO
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Conhecido como América Russa, o Alasca foi vendido pelo império russo, na época, aos norte-americanos por US$ 7,2 milhões em 30 de março de 1867. Em 9 de abril, o Senado dos Estados Unidos ratificou o Tratado de Cessão que adquiria o território 1,6 milhão de quilômetros quadrados, onde viviam cerca de 10.000 habitantes e 50.000 esquimós.
O principal responsável norte-americano pelas negociações envolvendo o Alasca foi o secretário de Estado William H. Seward, pelo lado russo o Barão Edouard de Stoeckl. Finalizado o negócio, Seward foi impiedosamente criticado em seu país por ter, supostamente, feito o pior negócio da História. Dentre as várias acusações, destacam-se: "geladeira do Tio Sam", "jardim dos ursos do presidente", "loucura de Seward", "geleira de Seward", "jardim de ursos-polares de Andrew Johnson".
Nestes 155 anos, as vantagens da negociação se apresentaram bem antes, para além da questão geográfica estratégica às pretensões norte-americanas e demais países desejosos de dominar a vastidão gelada, o Alasca possui imensidão de riquezas naturais, como ouro, petróleo e gás que pagaram em muito os valores negociados.
Para entender a motivação da venda do Alasca é preciso voltar um pouco mais no tempo. Em 1853, Rússia e Turquia estavam em guerra, tornando os russos fragilizados financeiramente fazendo-se necessário a oferta do Alasca aos americanos. O Reino Unido, na época, era uma das maiores potências mundiais, disputava com a Rússia e dominava no continente americano o Canadá. Ao saber da negociação russa com Estados Unidos, britânicos comprometem-se em não invadir o Alasca. Apesar do esfriamento da negociação, no ano seguinte, o agravamento da crise financeira do império russo força novos contatos reatando as negociações com norte-americanos. O início da Guerra Civil nos Estados Unidos atrapalha novamente o fechamento das negociações, retomado em março de 1867.
Além do Alasca, Estados Unidos compraram outros territórios aumentando a extensão do país. São exemplos a Louisiana adquirida da França, Flórida da Espanha, Texas e Califórnia do México. Vale aqui resgatar o exemplo da diplomacia brasileira, também envolvida na ampliação do próprio território descrita na coluna Barão do Rio Branco: boemia e quase unanimidade, de 1 de março de 2022.
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