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Retrato em branco e preto: o momento do Ceará na temporada
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O ex-jogador Sérgio Redes, ou

Retrato em branco e preto: o momento do Ceará na temporada

Tipo Notícia
 Guto Ferreira acumula bons números na passagem pelo Ceará (Foto: Pedro Chaves/FCF)
Foto: Pedro Chaves/FCF Guto Ferreira acumula bons números na passagem pelo Ceará

As finanças organizadas, os salários em dia, sem qualquer denúncia ou interpelação judicial. O Ceará se organiza cada vez mais administrativamente. Se fora do campo tudo corre às mil maravilhas, dentro do campo o Vovô não tem tido o mesmo rendimento.

Um indicador significativo da instabilidade de uma equipe é a constante troca de técnicos. Foram seis em 18 meses. Teve situações em que o desespero tomou de conta. Faltando umas cinco ou seis rodadas, Ceará e Cruzeiro lutavam para não cair para a segunda divisão.

A decisão só veio na última rodada. Nesse período, o Ceará teve dois técnicos: Adílson Batista e Argel Fucks. A mudança de técnico sempre provoca transtornos. A trajetória é conhecida. O novo treinador chega e não tem tempo para treinar nem fazer nada.

É o que acontece no momento com o técnico Guto Ferreira. Tateia na escalação devido ao pouco tempo de trabalho. Até porque a tendência de quem chega é aproveitar o trabalho tático do técnico anterior. Daí, a solução foi manter o padrão de jogo desenvolvido por Enderson Moreira.

Essa herança caracterizada pelos toques curtos, triangulações, paradas bruscas, saídas rápidas, tabelas e manutenção da posse da bola veio ao encontro do que Ricardinho, Felipe Baxola, Lima e Tiago Galhardo gostam de fazer dentro de um campo de futebol no futebol.

Enquanto Tiago Galhardo fez gols, o padrão de jogo fez sucesso. Quando a fonte secou, as críticas surgiram. São lentos e se movimentam pouco. Foi o que Guto Ferreira encontrou e tentou manter. Aliás, Thiago Galhardo tinha saído e em seu lugar entrou Rafael Sobis.

E veio o jogo contra o Fortaleza, onde ficou patente a inoperância do ataque alvinegro. O Ceará só foi melhorar no segundo tempo com a entrada de Rick, que, com a sua juventude, força, velocidade, habilidade e movimentação, deu novo alento a equipe.

Guto Ferreira percebeu que manter o padrão de jogo pautado na habilidade e na técnica não seria suficiente para tornar o Ceará vencedor. A percepção de que a movimentação dos jogadores deve ser feita em velocidade é uma exigência do futebol atual. Os entendidos chamam de intensidade.

Foto do Sérgio Redes

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