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O Vovô de Guto Ferreira
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O ex-jogador Sérgio Redes, ou

O Vovô de Guto Ferreira

Tipo Opinião
Versátil, Fernando Sobral é peça-chave para o forte ritmo do Ceará em campo
 (Foto: JÚLIO CAESAR)
Foto: JÚLIO CAESAR Versátil, Fernando Sobral é peça-chave para o forte ritmo do Ceará em campo

Viajando pela internet, uma postagem desperta minha curiosidade. Será? Instigado pergunto ao Google: "Qual a média de posse de bola das equipes que disputam o Campeonato Brasileiro da série A nos jogos em casa e fora de casa?" A resposta não me surpreende porque imaginava coisa parecida.

Nos jogos em casa, o Ceará é o 17º colocado, ficando à frente de Atlético-GO, Goiás e Coritiba-PR. Nos jogos fora de casa, ele é o último. Como explicar, então, a boa campanha alvinegra, se a bola passa mais tempo longe que perto dos seus jogadores?

O meio campo do Ceará marca melhor do que qualquer outro. Quando jogam Fabinho, Fernando Sobral e Charles, criam uma barreira quase intransponível à frente dos quatro jogadores de defesa. William Oliveira é o reserva imediato.

Todos os quatro têm um vigor físico imenso, com destaque para Fernando Sobral, que além da força, é mais habilidoso que os outros. Comum a todos eles: a dificuldade em dar um passe de primeira e dar um padrão de jogo para a equipe.

Essa deficiência, em parte, é compensada por conta da entrega desses jogadores. Impressionante o esforço desenvolvido na marcação. Duplicam e às vezes triplicam a ocupação de espaços dentro do campo, cercando o adversário.

A força do time está baseada na forte marcação e no poderoso contra-ataque. Quando enfrenta um time que propõe um jogo ofensivo, fico imaginando um Vovô sentado numa cadeira apoiado na sua bengala, esperando para dar o bote.

Bola retomada, a ligação é direta. Se for passada para o Léo Chú, então, é um Deus nos acuda por conta da sua velocidade de papa-léguas. Vina e Cléber disparam pelo meio. A dificuldade surge quando o Ceará enfrenta um adversário do mesmo porte dentro de casa.

Aí a obrigação da vitória pesa! A marcação alta no campo do adversário, as paradas bruscas e saídas rápidas para criar espaço, tudo implica em movimentação. Se o gol não sai a situação, complica e tem de correr atrás. Tem sido assim nos jogos no Castelão.

A ligação com o ataque raramente é feita com o apoio do meio de campo. Ou é feita com um chute dado — à exceção de Luís Otávio, que só chuta para frente para aliviar o perigo.

Foto do Sérgio Redes

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