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O Aécio de Borba viu: o futsal é a cara do cearense
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O ex-jogador Sérgio Redes, ou

O Aécio de Borba viu: o futsal é a cara do cearense

Em memória ao político e ex-presidente da Confederação Brasileira do Futebol de Salão, cronista rememora a tradição local nas quadras
Tipo Crônica
Páginas Azuis - Entrevista com Aécio de Borba Vasconcelos
Na foto: Aécio de Borba Vasconcelos, presidente da Confederação Brasileira de Futsal (CBFS)
Foto: Edimar Soares, em 13/12/2012 (Foto: EDIMAR SOARES)
Foto: EDIMAR SOARES Páginas Azuis - Entrevista com Aécio de Borba Vasconcelos Na foto: Aécio de Borba Vasconcelos, presidente da Confederação Brasileira de Futsal (CBFS) Foto: Edimar Soares, em 13/12/2012

Vez por outra dou uma vasculhada na memória e tento criar um elo entre o passado e o presente. Outro dia assistia a uma palestra sobre a história do futebol de salão quando fui surpreendido por um comentário: "Isso é coisa do passado, nem é do meu tempo".

Uma observação, caro leitor, futsal é o nome moderno. A Fifa, em determinado momento, se sentiu ameaçada pelo crescimento do jogo em todo o mundo. Resolveu chamar para si a modalidade e escolheu um nome fácil de ser pronunciado em qualquer idioma.

Voltemos ao comentário. É muita petulância de um cidadão desprezar a memória e contar o tempo a partir do instante que nasce. Nestes casos, lembro sempre do falecido poeta do samba Elton Medeiros: “Povo sem memória vira fantasma de si mesmo”.

Quando vim jogar futebol de campo no Fortaleza já sabia da história gloriosa dos cearenses. Achava tanto que criei uma alegoria numa conversa dizendo serem três os tipos característicos da Região: o vaqueiro, o jangadeiro e o jogador de futebol de salão.

Entendia que o jogador de futebol de salão não era assim considerado por conta de um preconceito contra as atividades esportivas, visto que o vaqueiro e o jangadeiro, cada um a sua maneira, eram figuras históricas na cultura e no desenvolvimento de todo o Estado.

Foi o Mestre, amigo da Beira Mar, que me explicou esse sucesso no futebol de salão. É da natureza das coisas! Você vai rodar todo o litoral do Ceará e não vai encontrar nenhum campo com traves fixas. Aqui, a turma faz um campo pequeno para jogar o racha.

Dois cocos ou duas sandálias de cada lado e pronto. Os jogadores não têm número limite. O bom é estar com a bola no pé. E tome passe curto, tabelinha, deslocamento, mudança de direção, parada brusca e saída rápida. Eles aprendem a executar os movimentos num campo reduzido.

Daí para o futsal é um pulo. Não precisam se adaptar. Não é coisa de passado, de presente ou de futuro. Simplesmente é assim! E o cidadão que disse que a história do futebol de salão cearense é coisa do passado tem que acordar, senão vai virar Carolina, que o tempo passou na janela e ela não viu.

Foto do Sérgio Redes

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