O ex-jogador Sérgio Redes, ou
O ex-jogador Sérgio Redes, ou
Nervos de aço não faltaram a Jael na hora de bater o pênalti que redundou no gol da vitória do Ceará. Até aquele momento, o goleiro da Chapecoense tinha pegado tudo. Bola que ia para dentro, bola que ia para fora, quando o árbitro marcou aquela falta marota.
Enquanto o Var se comunicava com o árbitro, ele botou a bola debaixo do braço e ficou perto da marca penal. Ficou parado e ansioso igual a todo mundo, esperando as decisões da equipe de arbitragem. Pênalti confirmado! Jogadores fora da área penal e da meia-lua.
Jael colocou a bola na marca do pênalti e se posicionou alguns metros atrás dela. O árbitro apita. O batedor iniciou um trote lento e nos últimos três metros acelerou e correu. Freou quase em cima da bola, e, abriu o compasso com a perna direita como se fosse chutar com força.
Iludido pelo movimento do batedor, o goleiro escolheu o lado e mergulhou em direção à trajetória da bola que imaginara. Foi em vão. Não saiu nem na foto. Ao invés do chute forte no lado esquerdo, como o batedor havia prometido, a bola entrou devagarzinho no outro canto.
Dependendo do batedor, as cobranças de pênaltis variam. Tem aqueles que dão um chute forte no meio da meta na esperança de que o goleiro caia para um dos lados. Outros fecham os olhos e dão uma pancada forte, esperando que o goleiro não tenha tempo de se mexer.
Tem também os que preferem bater a meia altura ou rasteiro nos cantos do goleiro. Todo esse pessoal batia pênalti sem olhar para o goleiro. Quem percebeu que era necessário duelar com o goleiro foi Pelé. Não lembro de nenhum outro jogador que tivesse criado a "paradinha".
Ela consistia em correr olhando para o goleiro e, no milésimo de segundo que antecedia o toque a ser dado na bola, verificar para qual lado o goleiro tinha ido. Um verdadeiro duelo. A "paradinha" em cima da bola no momento do chute passou a ser um recurso do batedor.
Pelé inventou a "paradinha" em 1960. Durou 50 anos. A partir de 2010, a Fifa a proibiu. Não pode fingir com o pé o toque na bola. No percurso pode simular uma série de movimentos. Foi o recurso que o Jael usou ao bater pênalti contra a Chapecoense.
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