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Fortaleza: os Leões de Rogério Ceni a Juan Pablo Vojvoda
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O ex-jogador Sérgio Redes, ou

Fortaleza: os Leões de Rogério Ceni a Juan Pablo Vojvoda

Cronista analisa a criação ofensiva do Fortaleza, que desde o tempo do ex-técnico começa com os zagueiro e com o atual atingiu o ápice da efetividade
Vojvoda, técnico do Fortaleza (Foto: Aurelio Alves)
Foto: Aurelio Alves Vojvoda, técnico do Fortaleza

É temerário enfrentar os Leões sem estudar sua forma de jogar. Desde Rogério Ceni que os torcedores querem um time ofensivo. Quando a bola chegava às mãos ou aos pés do goleiro Felipe Alves, era um sinal para todos os jogadores executarem uma manobra ofensiva.

O goleiro avançava com a bola, os dois zagueiros abriam para as laterais formando uma linha de três. Dois jogadores de meio campo apareciam pelo meio formando um M com os zagueiros e o goleiro. Os alas direito e esquerdo infiltravam no campo adversário.

Felipe Alves, um dos melhores passadores de bola do futebol brasileiro, lançava a bola pelo alto. Tinga ou Gabriel Dias pela direita; Bruno Melo ou Carlinhos pelo lado esquerdo, eles cabeceavam a bola para os atacantes, que se deslocavam em velocidade para os espaços vazios.

Quando Rogério Ceni saiu, pesou! Tira técnico, bota técnico até que contrataram o argentino Vojvoda. Caiu como luva. Preservou a linha de três zagueiros de uma outra maneira. Limitou as saídas de Felipe Alves e passou a fazê-la com Tinga, Marcelo Benevenuto e Titi.

Deu certo! Tinga e Titi são os principais responsáveis pela transição da defesa para o ataque. E o meio de campo sumiu? Claro que não! Os três zagueiros começam a trocar passes e empurram a ala direita e os seus jogadores de meio-campo para a intermediária adversária.

Crispim, ala-esquerdo, tem um papel importante nessa transição. Habilidoso, muito técnico e com bom passe, tem liberdade para aparecer no lugar que entender ser melhor para a equipe. Com muita frequencia ele desnorteia a marcação adversária saindo da posição.

Na vitória de quarta feira passada contra o Fluminense, cobrou um escanteio que resultou em gol. Tocou por baixo da bola, meio com três dedos, meio com a parte interna do pé. A bola subiu e nessa trajetória atingiu o vértice da parábola e começou a descer.

Benevenuto, que é bom nas bolas altas, não a deixou cair. A trajetória foi interrompida com uma cabeçada certeira em direção à meta. A bola entrou entre as traves e ficou aninhada nas redes. Estava aberto o caminho para a vitória. O Fortaleza venceu por 2 a 0, com outra assistência de Crispim a um zagueiro, desta vez Titi.

Vitória animadora porque interrompe uma série de empates e derrotas e que culminou na derrota fragorosa contra o Atlético-GO. Quando sofre uma marcação alta sobre seus zagueiros, o Fortaleza enfrenta dificuldades na transição da defesa para o ataque.

 

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