
O ex-jogador Sérgio Redes, ou
O ex-jogador Sérgio Redes, ou
Recomendar o filme para a galera seria uma imprudência, até porque vai ser só para convidados, e também não vi o filme, mas imagino que depois vai passar em algum cinema ou nesses YouTubes da vida. Amanhã, às 10 horas da manhã, no Rio-Mar, o documentário Amilton Melo, Ídolo de Todos.
Embora tenha jogado no Ferroviário, Fortaleza e Ceará, entendo esse "ídolo de todos" como alguém que dava gosto ver jogar. Era o que se chamava de meia ponta de lança. Quando o time era atacado, fazia o terceiro homem de meio-campo e, ao atacar, encostava no centroavante.
Seus dribles consistiam sempre num corte curto para dentro ou para fora e ali, com a bola colada no corpo, o chute firme em direção à meta. Qualidades físicas tipo força, velocidade, equilíbrio e coordenação se aliavam ao talento e o tornavam diferenciado.
Escrevo sobre um craque com C maiúsculo dos anos 70. Época em que o treinamento físico era ministrado pelos militares, que se apoiavam na calistenia. Pois o Amilton era desse tempo. Tempo em que o futebol não era tão corrido, e ele já fazia tudo com velocidade.
A alternância de direção com a bola dominada; o passe em profundidade para os atacantes abertos nas pontas, que corriam na diagonal em direção à meta adversária; as paradas bruscas e as saídas rápidas iludiam o adversário, que ficava sem saber para qualquer lado que ele fosse.
Telê Santana tentou e conseguiu leva-lo para os times que dirigia. Foi assim no Fluminense e no Atlético Mineiro. Até que ele foi, mas depois voltou. Era no tempo que o sujeito tinha saudades de casa. Nos dias de hoje, o sujeito toma uma Coca-Cola no Ceará e arrota no Japão.
Certa vez, perguntei-lhe por que não ficou no Sudeste. Olhou para mim e disse: “E por que vieste?”. Ele mesmo respondeu com uma dose de ironia: “É melhor ser cabeça de sardinha do que rabo de baleia”. Jogamos juntos no Ceará e no Beleza do Raimundo Fagner.
Devo a ele muito da minha permanência no Ceará. Foi o primeiro amigo que fiz por estas bandas e relembro com saudades a convivência que tivemos. Onde quer que fosse, lá estávamos nós, nessa alegria que o futebol proporciona quando se está no auge da forma.
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