
O ex-jogador Sérgio Redes, ou
O ex-jogador Sérgio Redes, ou
Vez por outra, corro atrás de publicações que tratam das histórias sobre as origens do futebol. Tinha, e nem sei onde anda mais, a apostila imaginária do falecido professor de futebol Célio Cidade, da Universidade Federal do Rio de Janeiro. Lembro do capítulo dedicado ao goleiro.
Segundo o autor, o futebol é jogado com 11 jogadores porque as escolas e as universidades inglesas só tinham dez alunos em cada classe. No fundo da sala, atento a qualquer desatenção dos alunos, e, pronto para reprimir, um bedel com uma palmatória na mão.
As classes se enfrentavam e o bedel era escalado como goleiro. Amparados por uma regra que permitia o uso das mãos e dos pés, valia segurar, agarrar o adversário e até derrubá-lo no chão. O bedel sofria quando os lances aconteciam nas proximidades da meta que defendia.
Ao longo da história, analisando qualquer literatura sobre os sistemas táticos, percebe-se que o goleiro não conta. Os exemplos são muitos: WM; 4-3-3; 4-2-4; 5-4-1; 3-4-3; 4-1-4-1; 3-5-2 e por aí vai. Cabe ao goleiro não deixar a bola entrar na sua meta, daí o poder de pegá-la com as mãos.
No Brasil, o preconceito era grande. Dizia-se que onde o goleiro pisava não nascia grama e que ou era maluco ou homossexual. Jogadores de linha são sempre perdoados. Gol perdido, passe errado, furada de zagueiro, firula desnecessária. O goleiro, nunca. Um frango marca sua carreira para sempre.
O desprezo começava quando criança. Uma regra das peladas de rua indicava que duas pessoas tiravam um par ou ímpar. O vencedor escolhia o primeiro, o perdedor o segundo e assim sucessivamente, até sobrarem os dois últimos considerados ruins de bola e que seriam os goleiros.
Outra regra da pelada rezava que no caso de ninguém querer ser goleiro, a solução sugerida era de que todos os jogadores revezariam na meta. A troca de goleiro era combinada entre o vencedor e o perdedor do par ou ímpar. Aconteceria quando saísse um gol para qualquer lado.
Hoje em dia, todo goleiro tem que saber jogar com o pé. É uma exigência do futebol moderno. Os europeus fazem bem. O Brasil engatinha. O melhor brasileiro que vi foi o Felipe Alves. Quando os zagueiros abriam para os lados e ele, de posse da bola, fazia a linha de três, os corações tricolores ficavam em polvorosa.
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