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Faltou o arco e a flecha no meio da maratona do Fortaleza
Foto de Sérgio Rêdes
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Carioca de nascimento, mas há décadas radicado no Ceará, Sérgio Rêdes — ou Serginho Amizade, como era conhecido nos campos —, foi jogador de futebol na década de 1970, tendo sido meia de clubes como Ceará, Fortaleza e Botafogo-RJ. Também foi técnico, é educador físico, professor e escritor. É ainda comentarista esportivo da TVC, colunista do O POVO há mais de 20 anos e é ouvidor da Secretaria do Esporte e Juventude do Estado

Faltou o arco e a flecha no meio da maratona do Fortaleza

Tricolor do Pici vive uma sequência insana de jogos. Mas, contra o Bucaramanga, time sentiu falta de Pochettino e Lucero
Meia Tomás Pochettino e atacante Lucero no jogo Fortaleza x Iguatu, no PV, pelo Campeonato Cearense 2023 (Foto: Mateus Lotif/Fortaleza EC)
Foto: Mateus Lotif/Fortaleza EC Meia Tomás Pochettino e atacante Lucero no jogo Fortaleza x Iguatu, no PV, pelo Campeonato Cearense 2023

E continua a maratona do Fortaleza: enfrenta o Vasco amanhã, em São Januário, no Rio de Janeiro (RJ). Na quarta-feira, 21, volta para casa contra o Retrô. Domingo, dia 25, tem o Cruzeiro no Castelão, na Quinta-feira, 29, tem o Racing em Buenos Aires e no dia 1º de junho pega o Flamengo no Rio.

Três competições: Campeonato Nacional, Libertadores da América e Copa do Brasil. Cinco jogos em 15 dias. Média de um jogo a cada três dias. E tome viagens. Quando a tabela aperta, o clube freta um avião, mas a maioria é feita pelas companhias aéreas.

Por trás dessas competições estão a CBF e a Conmebol. A CBF é responsável pela organização dos campeonatos de alcance nacional e também administra as seleções de futebol masculino e feminino. A Conmebol organiza e promove o futebol na América do Sul.

A CBF tem faturamento bilionário. O site Lance! informa que o último balanço financeiro referente ao ano de 2023 registra um faturamento de R$ 1,172 bilhão. A maior parte vem de acordos comerciais, patrocínios e venda de direitos de transmissão.

A Conmebol não fica atrás. O site da Confederação informa que, no ano passado, os clubes que participaram dos seus torneios receberam US$ 292.975.000 — cerca de R$ 1,67 bilhão. E pensar que estamos escrevendo sobre o futebol na América do Sul. O futebol virou atividade de milionários.

O Fortaleza disputa essas três competições. Faz das tripas o coração para manter esse lugar conquistado com méritos próprios. Vez por outra dá uma oscilada e passa a sensação de que tudo pode ir por água abaixo. Esse empate contra o Atlético Bucaramanga não estava nos planos.

Sei da eficácia do departamento de futebol e também sei da ação dos outros departamentos. Só não sei porque numa partida dentro de casa, em que a vitória é importante, se escala três jogadores de meio-campo com fortes características defensivas.

E o pior! Pochettino, que poderia se chamar o “arco”, e Lucero, que poderia se chamar a “flecha”, só entraram no segundo tempo. Isso aconteceu depois de terem arrasado com o Juventude, sábado passado, no PV. Partida que tem de vencer, a presença dos dois é obrigatória.

Foto do Sérgio Rêdes

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