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Retrato em branco e preto da semifinal do Nordestão
Foto de Sérgio Rêdes
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Carioca de nascimento, mas há décadas radicado no Ceará, Sérgio Rêdes — ou Serginho Amizade, como era conhecido nos campos —, foi jogador de futebol na década de 1970, tendo sido meia de clubes como Ceará, Fortaleza e Botafogo-RJ. Também foi técnico, é educador físico, professor e escritor. É ainda comentarista esportivo da TVC, colunista do O POVO há mais de 20 anos e é ouvidor da Secretaria do Esporte e Juventude do Estado

Retrato em branco e preto da semifinal do Nordestão

Análise sobre a eliminação do Ceará para o Bahia, por quem conhece os atalhos do campo
Partida entre Bahia e Ceará pela semifinal da Copa do Nordeste 2025 (Foto: Letícia Martins/EC Bahia)
Foto: Letícia Martins/EC Bahia Partida entre Bahia e Ceará pela semifinal da Copa do Nordeste 2025

Ia escrever “água mole em pedra dura tanto bate até que fura”, porém meu amigo Guerlan, alvinegro de carteirinha, desperta a minha atenção para a marcação durante toda a partida contra o Bahia, pela Copa do Nordeste, e os 20 minutos iniciais do segundo tempo, quando o Ceará dominou o jogo.

Foi o que se viu na semifinal de Bahia x Ceará, quarta-feira passada, 20, na Arena Fonte Nova. O domínio da equipe baiana foi total no primeiro tempo, a ponto de o goleiro Ronaldo ter sido chamado a fazer uma única intervenção.

Foi numa das avançadas do lateral-direito Fabiano, que se projetou para frente e de lá cruzou a bola no alto para a área. Pedro Raul, que implora o tempo todo que lhe lancem bolas altas, subiu e testou a bola, que saiu fraquinha e morreu nas mãos do goleiro.

O outro lance derivou de uma falta no final do primeiro tempo, quase em cima da linha da grande área. Senti saudades do Lourenço, que estava no banco, e me lembrei do pombo sem asas que ele tinha disparado e entrou no ângulo do goleiro Weverton, do Palmeiras.

No início do segundo tempo o Ceará avançou suas linhas e apertou a marcação. Desgastado pelo esforço devido às competições e a sua forma de jogar, que exige a movimentação constante de seus jogadores, o Bahia dava a impressão que ia a nocaute.

A pressão alvinegra durou uns 20 minutos, e, aí caro leitor, Rogério Ceni começou a substituir. Revigorado com a entrada de Nestor, Tiago, Cauly e Lucho Rodriguez, o Bahia voltou a comandar o jogo, embora o Ceará ainda tentasse as jogadas de contra-ataque.

No apagar das luzes, quando parecia que o jogo terminaria 0 a 0, o Bahia fez o gol da vitória. Everton Ribeiro, pelo lado esquerdo, cruzou a bola, que atravessou quase toda a área de meta. Nicolas, lateral-esquerdo do Ceará perdeu o tempo da bola e não conseguiu fazer a cobertura.

Tiago, que fechava por trás de Nicolas, só teve o trabalho de empurrar a bola para as redes. A frustração alvinegra foi grande, até porque se considerarmos as limitações de elenco que o clube tem, a campanha pode ser considerada como muita boa.

Foto do Sérgio Rêdes

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