O DNA alvinegro (5): o incrível exército de Léo Condé
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Carioca de nascimento, mas há décadas radicado no Ceará, Sérgio Rêdes — ou Serginho Amizade, como era conhecido nos campos —, foi jogador de futebol na década de 1970, tendo sido meia de clubes como Ceará, Fortaleza e Botafogo-RJ. Também foi técnico, é educador físico, professor e escritor. É ainda comentarista esportivo da TVC, colunista do O POVO há mais de 20 anos e é ouvidor da Secretaria do Esporte e Juventude do Estado
O DNA alvinegro (5): o incrível exército de Léo Condé
Ceará de Léo Condé lembra o incrível exército de Brancaleone, que busca aproveitar as poucas oportunidades para conquistar um feudo para chamar de seu
Foto: Lucas Emanuel/FCF
Técnico Léo Condé, do Ceará
Quando vejo o técnico Léo Condé andando e gesticulando na lateral do campo me lembro do Dimas. O Soldado Alvinegro, assim era conhecido, durante muitos anos fez de tudo no Ceará. Foi jogador, diretor, supervisor, tesoureiro e técnico do time principal.
O Ceará contratava um novo técnico. Duas ou três derrotas consecutivas e rua. O Dimas assumia interinamente e, enquanto desse certo, ia ficando no cargo. Perdi a conta de quantas vezes isso aconteceu. Levou o clube a conquistar o vice-campeonato da Copa do Brasil de 1994.
Tinha fascínio pelo jogo defensivo. Foi pensando nele e no técnico atual que vi pela televisão Ceará x São Paulo. Lógico que fiquei aflito vendo os jogadores do Alvinegro enfrentarem a avalanche em vermelho, preto e branco. Sem a posse da bola o Vovô ficou na roda e lembrei de um filme das antigas.
"O Incrível Exército de Brancaleone" (1966) é um clássico divertido do cinema italiano que retrata os costumes medievais através da figura de Brancaleone, um cavalheiro desastrado que lidera um pequeno exército perambulando pela Europa em busca de um feudo.
Alguém poderá perguntar. Que diabo é isso? O que tem a ver as estratégias desse exército com o time do Ceará? A resposta é simples. O contra-ataque. Ficam todos juntos se defendendo do jeito que podem e de vez em quando um ou dois escapam para dar uma ferroada no adversário.
O ponto forte do time atual também é a marcação. Vez por outra fica no sufoco e, quando acuado por muito tempo, o descontrole toma conta, e aí, salve-se o que puder. As bolas são chutadas para onde o nariz aponta. É duro de ver os defensores chutando a bola para o alto.
Nem tudo são espinhos. Bruno Ferreira, Marcos Vitor. Willian Machado, Matheus Bahia e Dieguinho se destacam. As más línguas dizem que a união só se faz à força, mas no Ceará a união faz a força. A equipe é unida e vai à bola como um faminto vai num prato de comida.
Os números sinalizam uma campanha regular. Jogou 25 vezes, tem oito vitórias, sete empates e dez derrotas. Fez 23 gols e tomou 24. Ocupa o 11º lugar no campeonato nacional e, nos dois jogos que disputou essa semana, ganhou do São Paulo e perdeu para o Vitória.
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