Logo O POVO+
Um Legado no Cosmos
Foto de Tales de Sá Cavalcante
clique para exibir bio do colunista

Reitor do FB Uni, diretor-geral da Organização Educacional Farias Brito e presidente da Academia Cearense de Letras. Além dessa, é membro de cinco academias. Entre as suas produções literárias, destacam-se os textos mensalmente publicados no O POVO e as coletâneas de seus artigos, discursos, opiniões e entrevistas

Um Legado no Cosmos

Alguns países preferem aperfeiçoar as bombas. Não seria melhor incentivar talentos, como: Einstein, Michelangelo, Beethoven e Nicolinha? Incentivar Nicolinha, no nosso caso, é adubar sementes que lhe trarão um futuro mais próspero
A astrônoma brasileira Nicole Oliveira, de 8 anos, observa o céu com seu telescópio em Fortaleza, Brasil, em 21 de setembro de 2021. - Quando Nicole Oliveira começou a dar seus primeiros passos, ela ergueu os braços para o céu, tentando pegar as estrelas . Agora, com apenas oito anos, ela é uma jovem astrônoma brasileira que caça asteróides. (Foto Jarbas Oliveira / AFP) (Foto: JARBAS OLIVEIRA / AFP)
Foto: JARBAS OLIVEIRA / AFP A astrônoma brasileira Nicole Oliveira, de 8 anos, observa o céu com seu telescópio em Fortaleza, Brasil, em 21 de setembro de 2021. - Quando Nicole Oliveira começou a dar seus primeiros passos, ela ergueu os braços para o céu, tentando pegar as estrelas . Agora, com apenas oito anos, ela é uma jovem astrônoma brasileira que caça asteróides. (Foto Jarbas Oliveira / AFP)

Você já viu um asteroide? Trata-se de um objeto rochoso, metálico ou misto que gira em órbita solar, mas, por seu diminuto tamanho, não é um planeta. Quando achado um novo asteroide, sua órbita é determinada e o descobridor sugere uma nomenclatura a ser aprovada pela União Astronômica Internacional (IAU).

A identificação é feita por um número, que caracteriza sua rota, seguido de um nome, como os asteroides já descobertos e batizados: (2001) Einstein, (3001) Michelangelo, (1815) Beethoven.
Robert Holmes Jr., Diretor do Instituto de Pesquisa Astronômica, em Illinois (EUA), descobriu um asteroide com órbita situada entre as de Marte e Júpiter e resolveu chamá-lo de (292352) Nicolinha, em homenagem a Nicole Oliveira Semião, de apenas 12 anos, aluna do 7º ano de uma escola do Ceará.

Em cerimônias realizadas em Dubai e em Londres, Nicolinha foi duplamente premiada pelo Global Child Prodigy Awards por ser uma das 100 crianças-prodígio da Terra. Ainda com 8 anos, Nicole tornou-se a mais jovem astrônoma caçadora de asteroides do globo. Hoje, é embaixadora da União Brasileira de Astronomia, já detectou 80 asteroides, sendo 7 deles provisórios, e possui 70 certificados de cursos, palestras e eventos nacionais e internacionais. Por meio do link www.fariasbrito.com.br/nicolinha, podem ser vistas todas as conquistas da genial garota.

Ao caçar asteroides, talvez ela siga a célebre frase citada no livro Einstein: O Enigma do Universo, de Huberto Rohden: "Eu penso noventa e nove vezes e nada descubro; deixo de pensar e mergulho no silêncio. Eis que a verdade me é revelada."

Alguns países preferem aperfeiçoar as bombas. Não seria melhor incentivar talentos, como: Einstein, Michelangelo, Beethoven e Nicolinha? Ao incentivar Nicolinha e outras crianças-prodígio, nosso país adubará sementes que lhe trarão um futuro mais próspero. Uma boa educação não é uma saída, e sim, a saída para o Brasil. Se bem educadas, as pessoas terão bom nível e votarão bem. Para tanto, basta lembrarmos que o Universo é imenso e Nicolinha, tão pequena, já deixou um legado no cosmos.

Foto do Tales de Sá Cavalcante

Análises. Opiniões. Fatos. Acesse minha página e clique no sino para receber notificações.

O que você achou desse conteúdo?