
Por Hamilton Nogueira. Pedagogo, jornalista, ex-analista de sistemas e mestre em Ciência Política com trabalho em Desinformação. Escreve sobre Tecnologia na perspectiva do comportamento, desenvolvimento e esperança de dias melhores
Por Hamilton Nogueira. Pedagogo, jornalista, ex-analista de sistemas e mestre em Ciência Política com trabalho em Desinformação. Escreve sobre Tecnologia na perspectiva do comportamento, desenvolvimento e esperança de dias melhores
Joaquim Caracas nasceu em Guaramiranga. Beira os 70 anos, fala rápido, transparece a inquietude. Participou da live do Tecnosfera essa semana de forma online porque estava no hotel que fundou na sua cidade natal. Cidade para onde voltou depois de adulto, levando helicóptero, avião, museus, e impressoras 3D que as sediou na escola da sua infância. Levou também uma réplica da casa de Santos Dumont. A original está em Petrópolis, a qual visitei há muitos anos e tem a engenhosa escada que te obriga a entrar na sala com o pé direito.
Caracas tem 32 patentes registradas porque aprendeu "a fazer o óbvio", "fazer fácil", "não estar satisfeito nunca", justificou, ora falando comigo e com Rafael Silveira (Casa Azul) por meio da tela, ora falando com quem o circulava. Muitas das suas invenções têm a ver com engenharia. É difícil entender a inovação contida ali. Tanto pelo tecnicismo do tema, quanto pela pressa na produção das palavras.
O engenheiro que não conseguiu ser piloto em função de um pequeno problema de vista, diz que antigamente era difícil inventar as coisas porque tinha que mandar fazer as peças e demorava. Agora usa impressoras 3D, testa o encaixe e segue em frente. Caracas gosta de estudar, mas não tem tempo. Resolveu esse problema contratando uma professora para, durante duas horas por semana, fazer cálculos estruturais para ele, com ele, também online. "De onde eu estiver", diz. Joaquim Caracas gosta da inovação que o cerca e se sente motivado a mudar as coisas. A cada vez que inova, resolve um problema.
O NurseHack4Health busca "soluções inovadoras que criem mudanças sistêmicas e sustentáveis" para saúde. Funciona com um hackathon na forma de trilhas. É organizado pela Sonsiel (Sociedade de Enfermeiros Cientistas, Inovadores, Empreendedores & Líderes), Johnson & Johnson e Microsoft.
As marcas mostram o peso da competição e a pujança da tecnologia da saúde. O evento conta com uma instituição cearense. É o Instituto de Gestão e Cidadania que participa com seu LAB IGC, representado pela head de inovação, Ticiane Santiago, que entra na mentoria de uma das equipes participantes.
A Faculdade Inbec inicia em agosto a campanha "Mulheres na cibersegurança". Publicidade, palestras e atividades temáticas serão voltadas para aumentar em 30% o número de mulheres na área de TI até o primeiro semestre de 2026. Mira também alunas e alunos da escola pública por meio do Inbec Shark School, projeto pelo qual se pode concorrer a bolsas de estudo integrais nos cursos de Engenharia Civil e Engenharia de Software.
Funciona assim: candidatas e candidatos participam de uma jornada preparatória a fim de enfrentar o desafio acadêmico e profissional. Ao final do ciclo, ocorre um evento para que apresentem sua história de vida a uma plateia formada por representantes de empresas parceiras, instada ao apadrinhamento.
Para ser didático, ter autonomia é viver a vida que se quer, claro, respeitando os limites naturais impostos pelos contextos. Ir aonde se quer, com quem quiser e ter algum domínio a respeito das escolhas dos caminhos pelos quais se quer seguir. No caso de um país, equivale à soberania.
Ou seja, ter meios e recursos para implementar suas políticas públicas, suas ferramentas, sua indústria com base em povo qualificado, defendendo o mercado, as fronteiras, desenvolvendo tecnologia e ditando o próprio futuro. Há quem imponha a soberania desenvolvendo uma bomba atômica. Há quem aposte na diplomacia. Ambos funcionam, a depender de quem está do outro lado da mesa.
Tecnologia e comportamento andam juntos. Acesse minha página e clique no sino para receber notificações.