Por Hamilton Nogueira. Pedagogo, jornalista, ex-analista de sistemas e mestre em Ciência Política com trabalho em Desinformação. Escreve sobre Tecnologia na perspectiva do comportamento, desenvolvimento e esperança de dias melhores
Por Hamilton Nogueira. Pedagogo, jornalista, ex-analista de sistemas e mestre em Ciência Política com trabalho em Desinformação. Escreve sobre Tecnologia na perspectiva do comportamento, desenvolvimento e esperança de dias melhores
Surge um novo conceito que devemos prestar bem atenção. Bens Públicos Digitais. Trata-se de sistemas, plataformas, padrão de IA e demais ferramentas digitais criadas com recursos públicos e licenças abertas, com foco e benefício voltado para o coletivo. É difícil fugir da comparação com o SUS (Sistema Único de Saúde) ou o Pix - que não são produtos de mercado, mas dialogam com ele, se integram, como deve ser.
Os Bens Públicos Digitais formam uma grande possibilidade de formação de uma infraestrutura pública e nacional com forte impacto na soberania, na desburocratização e no estímulo ao empreendedorismo. Nada a ver com estatismo. Tudo a ver com o novo. Uma nova forma de empreender livremente, porém sem a mudança repentina dos termos de serviço. Para que não fiquemos cada vez mais dependentes da inteligência internacional. Portanto é uma discussão tecnológica? Sim. Porém é profundamente política, econômica e civilizatória.
A Amazon Web Services (AWS) e Etice (Empresa de Tecnologia da Informação do Ceará) anunciam o AWS Treina Brasil, a fim de capacitar em inteligência artificial (IA) e tecnologia de nuvem. Público: estudantes e representantes de pequenas e médias empresas (PMEs), além de empreendedores em geral. O objetivo é nada modesto: capacitar 1 milhão de pessoas em todo o país. É gratuito. Há uma pressão por transformação digital que demanda gente capaz de pensar de forma moderna, dominando ferramentas, propondo-as inclusive. O lançamento desse programa está sendo feito na Feira do Conhecimento que termina hoje.
O ICC Biolabs, hub de inovação da Rede ICC Saúde, se apresenta como a "maior do Norte e Nordeste especializada em saúde". E anuncia que abriu inscrições para o Programa de Inovação de Startups de Saúde 2025. Quer selecionar até 10 novas startups para participar das Jornadas de Incubação e Aceleração, com o objetivo de impulsionar soluções tecnológicas, biotecnológicas e mercadológicas capazes de fazer avançar a saúde no Brasil. As inscrições são gratuitas até o dia 10 de novembro. Atenção. São duas jornadas: Jornada de Incubação: voltada a startups em fase inicial, desde a ideação até a prototipagem e início da operação de mercado. E jornada de Aceleração: destinada a startups com produto mínimo viável (MVP) já validado e em fase de tração e expansão comercial.
Um Pesquisa Global do IEEE (Instituto dos Engenheiros Eletricistas e Eletrônicos), envolvendo líderes globais de tecnologia do Brasil, China, Índia, Japão, Reino Unido e EUA, mostra tendência de investimento em IA mais forte na Robótica, em toda a cadeia de Veículos Autónomos, Realidade Estendida e Realidade Aumentada. Outra questão interessante é o aumento do uso de "IA agêntica" que é aquela que funciona como um assistente inteligente e que, ao receber uma tarefa, consegue trabalhar de forma autônoma, mas ainda precisa que seu trabalho seja revisado. Estamos falando de áreas a exemplo de assistência pessoal cotidiana, gerência de privacidade de dados, monitoramento da saúde, e automação de compras.
A Black Friday é no final de novembro. O mercado do varejo se anima. O do crime, também. De acordo com os dados do Indicador de Tentativas de Fraudes da Serasa Experian, em 2024 o Brasil registrou 11,5 milhões de tentativas de fraude evitadas, um aumento de 9,4% em relação ao ano anterior. Nada mais, nada menos que uma tentativa a cada 2,8 segundos. É um absurdo completo. Caso as fraudes fossem consumadas, o prejuízo seria de inacreditáveis R$ 51,6 bilhões.
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