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Rage bait: o negócio é fazer mal
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Por Hamilton Nogueira. Pedagogo, jornalista, ex-analista de sistemas e mestre em Ciência Política com trabalho em Desinformação. Escreve sobre Tecnologia na perspectiva do comportamento, desenvolvimento e esperança de dias melhores

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Rage bait: o negócio é fazer mal

Rage bait é a palavra, ou expressão, do ano 2025. O método é desonesto. Precisamos entender isso.
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Limpar o cache do celular evita falhas em apps, melhora a velocidade e libera espaço (Foto: Reprodução/ Freepik)
Foto: Reprodução/ Freepik Limpar o cache do celular evita falhas em apps, melhora a velocidade e libera espaço

Rage bait é a palavra, ou expressão, do ano 2025 escolhida pelo dicionário Oxford. A primeira vez que eu soube que o Dicionário Oxford elegia um termo a cada volta em torno do sol, foi em 2024 quando escolheu “brain rot”. Porém “tóxico”, “pós-verdade”, “lockdown”, e até um emoji já figuraram no topo do mundo.

Rage bait designa uma estratégia. Por isso a importância dessa escolha. O método consiste em produzir conteúdos capazes de manipular emoções provocando raiva, indignação ou irritação. Dessa forma induz ao comentário, à permanência naquela tela, ao compartilhamento daquele “absurdo”.

Ocorre que o absurdo nem sempre é verdadeiro. Pode ser apenas uma forma de conectar as palavras no limite da verdade e da mentira. Ou até mentindo mesmo. E que se danem as consequências. Essa “isca de raiva” na internet é eficaz para a geração de cliques, curtidas, engajamentos. E funciona muito bem.

É um artifício cruel com que os algoritmos trabalham e contém uma maldade que pode estar no limite do crime. Sendo assim, sugiro a reflexão: é razoável uma modelagem de negócio manipular um sentimento humano para capturar a atenção e vender visibilidade? Pense nisso.

Agora é com voz

Orquestração de pagamentos é um termo que resume o desafio mercadológico de ofertar as inúmeras formas de pagamento no carrinho de compras. E parece que vem nova forma por aí: a voz. A straits research, empresa de pesquisa de mercado, diz que o setor deve crescer cerca de 10 vezes até 2033 que, convenhamos, é bem aí. A explicação está no uso mais preciso dos assistentes virtuais: Alexa, Siri e demais. Se a autenticação vocal parece absurda, lembre-se que é possível saca dinheiro com a palma da mão.

Celular, fora

Essa semana, por motivos vários, essa coluna conversou com educadores e educadoras, em atividade. Impressionou a força dos relatos a respeito dos benefícios da proibição do uso de celulares, pelos alunos, dentro da escola. Foi unânime.

Não teve sequer um “mas...”. Bastou correr o 2025 para essa percepção, tamanha a mudança de comportamento, o aumento da atenção e os efeitos sobre a sociabilidade. Um desses depoimentos está contido na live do Tecnosfera da última quarta. Sávio Paz do Colégio Darwin foi nosso convidado.

ABDC

A ABDC é a Associação Brasileira de Data Center. Declara como motivação: reunir “os principais agentes da infraestrutura digital no Brasil para conectar, desenvolver e transformar juntos o futuro do setor”. Essa conjunção de empresas é necessária para estabelecer o diálogo com a sociedade.

A instituição sabe que os 15 equipamentos em funcionamento no Nordeste desenham um cenário de importância para a região. Até porque vem mais. O anúncio do data center do TikTok no Ceará, além das vantagens competitivas em relação à geração de energia, muda um jogo que já pode ser jogado com água de reuso, certificações, ESG e demais modernidades na operação. 

 

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