Graduada em Administração (UFC), especialista em Neuromarketing (Unifor) e gestora de marketing há mais de 10 anos, atuando em empresas multinacionais e nacionais, tais como Unilever e DeVry Brasil, dentre outras
Graduada em Administração (UFC), especialista em Neuromarketing (Unifor) e gestora de marketing há mais de 10 anos, atuando em empresas multinacionais e nacionais, tais como Unilever e DeVry Brasil, dentre outras
Vivemos anos indo ao escritório no horário combinado, fazendo reuniões presenciais e conversando com nossas equipes e colegas ao redor do café.
Até que, em um fim de tarde longínquo de 2020, deixamos o escritório com nosso material e começamos a trabalhar de casa. Esse home office sem planejamento, imposto pela pandemia de Covid-19, já dura mais de um ano e nos fez adaptar a forma como trabalhamos e nos relacionamos.
Era outra vivência há bastante tempo, então, será que voltaremos aos escritórios quando tudo isso passar? Ou será que enraizamos o home office como comportamento?
Pesquisas para identificar os impactos do trabalho remoto na vida das pessoas e nos resultados das empresas têm sido feitas como uma tentativa de estabelecer o futuro do trabalho.
A IDC Brasil, a pedido do Google, consultou 900 colaboradores de diferentes empresas e setores para medir como eles se sentem em home office. Foram identificados pontos fortes e pontos fracos:
Já um estudo de Psicologia Cognitiva e Neurociência publicado pela Harvard Business Review indica que a cognição humana depende não apenas de como o cérebro processa os sinais, mas também do ambiente em que esses sinais são recebidos.
Há diferenças químicas em nosso cérebro quando estamos em um encontro pessoal versus uma reunião online. O encontro pessoal nos permite interpretar o humor e os traços de personalidade do interlocutor, facilitando o relacionamento. Já a limitada linguagem corporal oferecida pelas videoconferências pode gerar má interpretação e dificuldade de relacionamento entre as pessoas.
Este mesmo estudo indica ainda que as relações pessoais geram maior compromisso, apoio e cooperação entre as pessoas; fortalecendo a cultura organizacional e os resultados das empresas.
A Microsoft, por exemplo, identificou um aumento no número de reuniões, agora necessárias para resolver problemas já que as pessoas não podem “apenas passar pela mesa umas das outras para fazer uma pergunta”.
Já a JP Morgan Chase identificou perdas no desenvolvimento de colaboradores juniores, que não estão usufruindo da aprendizagem espontânea gerada pelos encontros com profissionais seniores. Novos funcionários aprendem muito observando colegas e líderes; uma interação que foi bastante afetada pelo home office e que impacta diretamente a performance das organizações.
Outra observação interessante é do grupo Human Dynamics do MIT Media Lab, que constatou que a colaboração informal entre pessoas de diferentes funções e equipes é o fator mais produtivo para resolver problemas complexos e gerar ideias inovadoras.
Eles citam o caso de uma empresa global de tecnologia que decidiu cortar custos eliminando a máquina de café em um de seus centros de Pesquisa & Desenvolvimento. Inicialmente, a produtividade aumentou: o número de linhas de código produzidas era maior e houve uma diminuição no número de bugs.
Provavelmente, os desenvolvedores estavam gastando menos tempo conversando no café e mais tempo codificando. Entretanto, no médio prazo, a empresa constatou que o número de lançamentos de produtos diminuiu e houve um aumento nos bugs de integração. Ou seja, as conversas no café geravam uma colaboração valiosa entre os times.
Talvez seja por tudo isso que grandes empresas de tecnologia, como Google e Uber, anunciaram recentemente a construção de novas sedes na Califórnia e em São Paulo, respectivamente. Essas sedes têm maior foco em áreas sociais e espaços de colaboração do que em mesas e cadeiras.
Afinal, ir ao escritório é mais do que sentar e realizar um trabalho individual. Ir ao escritório é reunir talentos; é permitir que eles aprendam sobre clientes, mercados e negócios uns com os outros. É criar relações de confiança através de conversas informais; é fortalecer a cultura através de sensações e memórias. É criar um ecossistema capaz de inovar e crescer, garantindo a sustentabilidade das empresas e das pessoas.
Ao que tudo indica, o futuro do trabalho é híbrido: manteremos os benefícios do home office e voltaremos aos benefícios do escritório. Porém, o escritório do futuro precisa ser diferente do escritório que conhecemos.
Precisamos quebrar paredes, retirar mesas e criar ambientes que aproximem as pessoas. O escritório do futuro deve ser um espaço social, que promove ideias que nunca aconteceriam se as pessoas não estivessem ali.
Na Elephant Coworking, estamos estudando e trabalhando para criar o escritório do futuro já em 2022, na Praia de Iracema. Será um prédio de 4 andares completamente desenhado para gerar interações humanas, customizado com tecnologia e voltado para a criatividade e inovação. Queremos reunir as pessoas e empresas mais ousadas e inovadoras no Distrito Criativo da Praia de Iracema, criando uma ebulição de talentos. Vamos juntos?!
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