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Sarto demite mais de 50 comissionados; alvos alegam perseguição política
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Vertical é a coluna de notas e informações exclusivas do O POVO sobre Política, Economia e Cidades. É editada pelo jornalista Carlos Mazza

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Sarto demite mais de 50 comissionados; alvos alegam perseguição política

Exonerados afirmam que foram afastados após declaração de apoio de "padrinhos" a Evandro Leitão (PT); Prefeitura nega relação com a eleição
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SARTO em sua primeira aparição após perder às eleições (Foto: Guilherme Gonsalves/O POVO)
Foto: Guilherme Gonsalves/O POVO SARTO em sua primeira aparição após perder às eleições

O prefeito José Sarto (PDT) assinou nesta quinta-feira, 17, dezenas de portarias que exoneram mais de 50 pessoas de cargos comissionados da Prefeitura de Fortaleza. Em conversa com a coluna, alguns exonerados atribuíram as demissões a perseguição política, atribuindo os desligamentos ao 2º turno da eleição na Capital.

As queixas ocorrem poucos dias após o prefeito exonerar três membros do alto escalão que declararam apoio a Evandro Leitão (PT) na nova etapa da disputa eleitoral. Embora a gestão negue relação entre as duas coisas, dois dos agora ex-secretários, Rennys Frota (Regional 2) e Pedro França (Regional 3), associam diretamente as demissões a declarações públicas de adesão ao petista no 2º turno.

Comissionados exonerados nesta quinta-feira também afirmam que foram afastados após declarações semelhantes feitas por “padrinhos” políticos deles – como vereadores e secretários. “Um dia depois do anúncio, nos informaram que seríamos exonerados”, diz um dos “alvos”.

Prefeitura rejeita acusações

Procurada pela coluna, a Prefeitura de Fortaleza rejeitou que as demissões tenham qualquer relação com o período eleitoral no município. A gestão também reafirma que a posição do prefeito José Sarto continua pela neutralidade no 2º turno da eleição sem apoio nem a Evandro Leitão nem a André Fernandes (PL).

Uma fonte do alto escalão do Paço Municipal aponta ainda que pessoas que declararam apoio a Evandro, como a secretária Dalila Saldanha (Educação), seguem normalmente nas funções com toda autonomia. Ela também destaca que demissões nos últimos meses de gestões são “normais” e ocorrem como “ajuste” de olho em atender obrigações da Lei de Responsabilidade Fiscal.

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