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Alece aprova títulos de cidadania cearense para Anielle Franco e Marcelo Uchôa
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Vertical política

Alece aprova títulos de cidadania cearense para Anielle Franco e Marcelo Uchôa

Ministra da Integração Racial e filho de perseguido pela ditadura tiveram homenagens aprovadas pela maioria dos deputados, mas com votos contrários da bancada do PL
Anielle Franco e Marcelo Uchôa serão homenageados pela Alece (Foto: © Fabio Rodrigues-Pozzebom/ Agência Brasil; João Victor Tavares/CMFor)
Foto: © Fabio Rodrigues-Pozzebom/ Agência Brasil; João Victor Tavares/CMFor Anielle Franco e Marcelo Uchôa serão homenageados pela Alece

A Assembleia Legislativa do Ceará aprovou nesta quinta-feira, 15, títulos de cidadania cearense para a ministra da Integração Racial, Anielle Franco, e para o advogado Marcelo Uchôa, conselheiro da Comissão de Anistia do Ministério de Direitos Humanos e Cidadania. Os projetos contaram com quatro votos contrários, a maioria da bancada do PL na Casa.

Nascida no Rio de Janeiro, Anielle foi homenageada por iniciativa da deputada Larissa Gaspar (PT), que destacou tanto vínculo familiar da ministra – irmã da vereadora Marielle Franco (Psol), ícone dos Direitos Humanos assassinada em 2018 – quanto importância dela na “promoção da igualdade racial” e no “enfrentamento ao machismo e à misoginia”.

Já homenagem a Marcelo Uchôa, nascido no Rio de Janeiro, foi proposta por Renato Roseno (Psol), que classificou a matéria como ato de “reparação histórica”. Filho do advogado cearense e militante de Direitos Humanos Inocêncio Uchôa, Marcelo nasceu no Rio de Janeiro por conta da perseguição política sofrida pelo pai durante a ditadura.

“Marcelo Uchôa nasceu na clandestinidade no Rio de Janeiro, porque o pai dele foi preso em 1971, quando o Superior Tribunal Militar o enquadrou na Lei de Segurança Nacional. O que estamos fazendo é um ato de reparação histórica, o Marcelo só não nasceu no Ceará porque o seu pai estava perseguido politicamente”, destacou Roseno.

Após o resultado da votação, Marcelo se manifestou nas redes. "Foi uma reparação histórica. Na Comissão da Anistia, tenho me acostumado a ver esse tipo de reparação com os outros, mas quando toca com a gente é muito forte. Simplesmente não consigo conter as lágrimas. Muita gratidão!", diz.

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