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Governo reconhece perseguição contra Rodger Rogério e indenização em R$ 100 mil
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Vertical política

Governo reconhece perseguição contra Rodger Rogério e indenização em R$ 100 mil

Cantor e compositor cearense foi preso e impedido de assumir concurso público durante a ditadura militar; nesta quinta-feira, Comissão emitiu pedido de desculpas formal
Rodger Rogério foi homenageado em show no Cineteatro São Luiz para celebrar 80 anos de vida (Foto: Guilherme Silva/Divulgação)
Foto: Guilherme Silva/Divulgação Rodger Rogério foi homenageado em show no Cineteatro São Luiz para celebrar 80 anos de vida

O artista cearense e professor universitário Rodger Rogério teve recurso por indenização em R$ 100 mil deferido nesta quinta-feira, 22, pela Comissão Nacional de Anistia, em Brasília. Durante o regime militar, o cantor foi perseguido e preso após ser associado a um grupo de militantes de estudantes secundaristas. O recurso de Rodger foi julgado na mesma sessão que aprovou indenização à ex-presidente da república Dilma Rousseff.

Além do pagamento da indenização, Rogério também recebeu reconhecimento e pedido de desculpas formal pelo Estado brasileiro. Rodger Rogério foi preso na década de 1960 e, posteriormente, em 1973, foi preterido de assumir vaga em concurso público para professor na Universidade Federal do Ceará pela ficha criminal.

No ano de 2022, a Comissão de Anistia Wanda Sidou, do Ceará, pediu desculpas públicas ao cantor e concedeu uma indenização de R$30 mil reais pelos danos durante o período. O cantor havia entrado com processo no Conselho nacional em 2022, na gestão de Damares Alves no MDH, mas o caso foi indeferido no julgamento em turma. Agora, recurso foi confirmado pelo plenário.

O órgão nacional de anistia, subordinado ao Ministério dos Direitos Humanos e Cidadania (MDHC), possui dois conselheiros cearenses, os advogados Mário Albuquerque e Marcelo Uchôa, que participaram do julgamento.

Relator do caso, o advogado Rodrigo Lentz destacou importância de Rodger na cultura e no movimento musical do Pessoal do Ceará, marca de resistência à ditadura militar no Estado. Já Marcelo Uchôa destacou episódio da Massafeira Livre, evento que acabou sendo vigiado pela Polícia Militar por ordem do então secretário de Segurança Pública.

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