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Fortaleza sediará debate latino-americano sobre armas e violência de gênero
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Fortaleza sediará debate latino-americano sobre armas e violência de gênero

Evento ocorre entre 25 e 27 de junho e reúne autoridades, órgãos da sociedade civil e parlamentares de dez países latino-americanos
AUGUSTA Brito (PT) (Foto: Andressa Anholete/Agência Senado)
Foto: Andressa Anholete/Agência Senado AUGUSTA Brito (PT)

A sede da Alece, em Fortaleza, sediará entre 25 e 27 de junho o 4º Encontro Parlamentar sobre Armas e Gênero, que reúne autoridades governamentais, órgãos da sociedade civil e parlamentares de dez países latino-americanos. Neste ano, o evento terá como centro a discussão sobre como as armas se ligam à violência contra mulheres na região.

Intitulado “Enfrentando os Desafios na Implementação do Tratado sobre o Comércio de Armas (TCA): Prevenção de Desvios e Avanço da Integração de Gênero na América Latina”, o evento terá reuniões técnicas entre os dias 25 e 26 de junho, das 9h30min às 17h, no Complexo de Comissões – sala da CCJR – da Alece.

A cerimônia de encerramento, aberta ao público, acontece em 27 de junho, a partir das 11 horas, no Auditório Murilo Aguiar. O encontro contará com representantes de países como Argentina, Brasil, Chile, Colômbia, Costa Rica, México, Paraguai, Panamá, Peru e Uruguai.

Armas e violência de gênero

O evento tem como objetivo debater desafios na implementação do Tratado sobre o Comércio de Armas (TCA), na América Latina. Assinado pela então presidente Dilma Rousseff (PT) em 2013 e aprovado no Congresso em 2018, o acordo internacional regulamenta transferências internacionais de armas convencionais e suas munições.

“A iniciativa visa construir um roteiro regional para fortalecer os mecanismos de controle de armas, com foco na prevenção de desvios e no combate à violência armada, integrando a perspectiva de gênero”, diz o evento, que cita dados do Instituto Sou da Paz apontando que 50% dos assassinatos de mulheres no Brasil foram efetuados com armas de fogo.

Este cenário persiste há mais de uma década: entre 2012 e 2022, uma mulher foi assassinada no país a cada quatro horas, e em metade desses casos, a arma de fogo foi o instrumento letal. Diante deste contexto, o fortalecimento da implementação do TCA na América Latina é importante não apenas para combater o tráfico ilegal de armas, mas também para enfrentar seus impactos diretos na segurança das mulheres e para a construção de sociedades mais seguras, justas e igualitárias.

O encontro é uma iniciativa conjunta da senadora Augusta Brito (PT-CE) e da organização argentina Asociación para Políticas Públicas (APP), com o apoio da ONG brasileira Sou da Paz. A realização é financiada pelo Fundo Fiduciário Voluntário do Tratado sobre o Comércio de Armas (ATT Voluntary Trust Fund), sediado em Genebra, Suíça.

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