
Vertical é a coluna de notas e informações exclusivas do O POVO sobre Política, Economia e Cidades. É editada pelo jornalista Carlos Mazza
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Vereadores do PDT que irão disputar eleição em 2026 realizaram nesta semana movimento pela antecipação da saída dos quatro deputados estaduais da sigla que fazem hoje oposição a Elmano de Freitas (PT) na Alece. A ideia é que os deputados “desocupem a moita” para que o partido inicie a formação de chapa para a eleição do próximo ano.
Pretendem disputar cargo de deputado estadual os vereadores Gardel Rolim (PDT), Kátia Rodrigues (PDT) e Paulo Martins (PDT). Os três, no entanto, estariam incomodados com a indefinição sobre o futuro dos atuais quatro deputados da sigla – Antônio Henrique, Cláudio Pinho, Lucinildo Frota e Queiroz Filho –, hoje cotados para irem para o PL ou para o União.
O incômodo teria piorado após falas recentes de parte dos deputados cogitando continuar no PDT, o que aumentou a situação de dúvidas sobre a futura chapa da sigla. Diante do impasse, tanto vereadores quanto deputados estaduais do partido se reuniram na última segunda-feira, 23, com o presidente estadual do PDT, deputado André Figueiredo.
“A gente espera que o partido se comporte de forma homogênea, né. Desde 2022 a gente tem visto essas confusões dentro do PDT, dois grupos distintos, e o nosso pedido, e nisso fomos praticamente uníssonos, é que a gente procure deixar o partido com um pensamento único, caminhando de uma só forma, porque isso valoriza o grupo”, diz Paulo Martins, pré-candidato a deputado estadual.
“Eu pretendo ser candidato pelo próprio PDT. Por isso, acho que é interessante esse diálogo com os deputados estaduais, já que a gente vê que eles não vão seguir no partido, até porque os líderes dos grupos deles pertencem hoje à oposição. Tudo indica que eles vão seguir outro caminho, e a gente pede que isso aconteça logo o mais rápido possível, para a gente atrair pessoas com pensamento aí semelhante ao nosso”, continua.
Mesmo não pretendendo disputar eleição em 2026, o vereador Adail Júnior (PDT) destaca que existe hoje uma "preocupação geral" com a chapa da sigla para a disputa. “Todos os quatro deputados são amigos nossos, mas queremos que eles tomem a decisão se saem ou não do partido, né, para que a gente possa seguir a vida no PDT, saber o que é que nós temos, qual o tamanho real do PDT (...) nossa preocupação maior é essa, saber o retrato real do partido”, diz.
Neste sentido, Adail e os pré-candidatos defendem a possibilidade de “liberar” descontentes com o partido, de olho em facilitar a montagem de chapa do PDT para 2026. A complicação ocorre porque, ao contrário dos deputados estaduais, vereadores hoje no partido não terão janela partidária em 2026 para trocarem de partidos de olho na disputa.
Procurado pela coluna, André Figueiredo descartou a possibilidade de concessão de cartas de anuência para os deputados estaduais. “Nós nem podemos, porque existe uma resolução nacional do PDT proibindo isso”, diz. Ele afirma, no entanto, que o partido já conversa com todos os parlamentares no sentido de “garantir” que todos os quatro deputados que vão compor com a direita irão efetivamente deixar o partido.
“Todos os quatro são hoje do grupo do Roberto (Cláudio, ex-pedetista em vias de filiação ao União Brasil), e devem sair do partido para acompanhar ele”, avalia. O combinado, portanto, seria que todos os quatro devem deixar o partido assim que começar o período da janela partidária para deputados estaduais, em março do próximo ano. (colaborou Camila Maia - Especial para O POVO)
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