
Vertical é a coluna de notas e informações exclusivas do O POVO sobre Política, Economia e Cidades. É editada pelo jornalista Carlos Mazza
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Um grupo de deputados governistas tem se empenhado em barrar a filiação de Roberto Cláudio ao União Brasil, legenda presidida por Capitão Wagner no Ceará. Próximos do ministro Camilo Santana e do governador Elmano de Freitas (PT), esses parlamentares, entre os quais estão Fernanda Pessoa (União), Moses Rodrigues (União) e AJ Albuquerque (PP), vêm mantendo tratativas com a direção nacional da agremiação, prestes a se federar com o PP. Entre as promessas para atrair o UB para o arco governista, estão desde uma vaga de senador, que seria ocupada por Moses, até apoios para ampliar a bancada da sigla na Assembleia e na Câmara. A intenção é embaraçar a entrada de RC na federação União/PP.
À coluna, porém, o ex-prefeito de Fortaleza descartou qualquer chance de o UB migrar para o arco de sustentação de Elmano nas eleições de 2026. O discurso de Wagner é o mesmo: possibilidade zero de aderir ao governismo.
Ex-PDT, Roberto Cláudio enfatizou que a data de assinatura da ficha do novo partido deve se definir até semana que vem. Segundo ele, a dificuldade agora é de conciliação de agendas de Antônio Rueda, Ciro Gomes e outros.
Para membros do União mais ligados a Elmano, no entanto, o ingresso de RC na federação teria "subido no telhado", ou seja, estaria ameaçado por circunstâncias locais e nacionais, tal como a indefinição em relação à gestão de Lula.
Uma das estratégias do núcleo governista do União e do PP tem sido pressionar o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (UB), de modo a evitar que RC desembarque no partido. A operação é conduzida via Governo Federal.
Ciro Gomes (PDT) continua a se movimentar de olho numa possível candidatura em 2026, não se sabe ainda se ao Governo ou ao Planalto. Por ora, o que vai se tornando mais certo é seu retorno ao PSDB do ex-senador Tasso Jereissati.
Dentro do tucanato cearense, a expectativa é de que o Ferreira Gomes concorra a mandato num palanque social-democrata, em aliança com a federação União/PP e mesmo com o PL do deputado federal André Fernandes.
O prefeito de Fortaleza, Evandro Leitão (PT), prepara novo pacote de contenção de gastos. O objetivo é sanear a máquina até o fim do ano, zerando dívidas que, conforme ele, foram deixadas por José Sarto - o ex-prefeito nega que tenha legado déficit.
Em entrevista à repórter Camila Maia, do O POVO, o secretário de Governo Júnior Castro afirmou que a Prefeitura ainda precisa de disciplina. "O momento é de austeridade e contenção", disse o auxiliar em reunião do secretariado.
De acordo com Castro, o decreto detalhando o pacote de corte deve ser divulgado na próxima semana. O secretário também informou que, dos R$ 35 milhões em dívidas com empresas terceirizadas, Fortaleza já pagou R$ 10 milhões.
Faltando fiscalização: a equipe da Prefeitura de Fortaleza precisa visitar urgentemente o Ginásio Aécio de Borba, que tem sido motivo de queixa frequente da vizinhança por causa da poluição sonora que o equipamento produz até alta madrugada. E não é apenas durante o período de festas juninas.
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