
Vertical é a coluna de notas e informações exclusivas do O POVO sobre Política, Economia e Cidades. É editada pelo jornalista Carlos Mazza
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O ex-presidenciável Ciro Gomes deve se filiar ao PSDB para concorrer ao Governo do Estado em 2026, conforme interlocutores tucanos. Após rodada de encontros em Brasília com lideranças do partido social-democrata, entre as quais Tasso Jereissati, o ex-ministro e ex-governador parece estar decidido a deixar o PDT, ao qual ainda é filiado. Participaram da agenda na capital federal na última segunda, 14, Marconi Perillo e Aécio Neves, que deram aval para uma candidatura de Ciro ao Abolição, hoje sob comando de Elmano de Freitas (PT), sucessor de Camilo Santana. Nessa terça-feira, 15, os aliados Ciro e Tasso voltaram a conversar, desta vez no escritório do ex-senador. A intenção foi acertar possíveis detalhes de um retorno do pedetista ao ninho do PSDB.
Caso a hipótese se confirme, a entrada de Ciro no PSDB teria potencial para alterar o desenho político das articulações em andamento no Estado, seja do lado da oposição a Elmano e a Camilo ou mesmo no flanco governista.
Do lado do Abolição, essa mudança obrigaria a repensar desde as vagas ao Senado até a própria cadeira do postulante ao Executivo. A pergunta seria: diante de adversário mais difícil, a "cabeça" de chapa deveria se manter a mesma?
Viabilizar Ciro ao Governo, porém, não é operação de fácil engenharia, sobretudo porque teria reflexos para o ex-prefeito Roberto Cláudio, cotado para a corrida, e para outras lideranças de siglas aliadas, tais como PL e Novo.
Há ainda outro elemento: o quadro nacional. Embora tenha sinalizado no almoço do DF que não pretende tentar a Presidência em 2026, sabe-se que, até lá, a depender de como as nuvens se desenhem, Ciro poderia mudar de ideia.
O escritório de Tasso viveu dia incomumente cheio ontem. Também passaram pelo endereço deputados estaduais de oposição, entre os quais Sargento Reginauro (União) e Alcides Fernandes (PL) - além do próprio Roberto Cláudio.
A tratativa foi mais uma da série de compromissos que o bloco de ciristas e bolsonaristas vem promovendo em Fortaleza desde o início do ano, de olho na formação de uma chapa única para a disputa eleitoral que se aproxima.
De passagem pelo O POVO nessa terça, o governador Elmano foi questionado sobre a investigação envolvendo Júnior Mano (PSB). Segundo ele, "a oposição deve lembrar que o deputado fez campanha para o Bolsonaro e para o Capitão Wagner" em 2022.
Mesmo cautelosa em alguns pontos, a resposta do chefe do Abolição deixou claro que esse assunto se tornou espinhoso em ano pré-eleitoral. Pelo que o petista falou, no entanto, o "abacaxi" é do senador Cid Gomes (PSB), e não dele.
Elmano lembrou ainda que o deputado sob a mira da PF se converteu ao governismo apenas em 2024, quando "teve aproximação, especialmente na campanha municipal, do nosso candidato a prefeito Evandro Leitão (PT)".
Praça Almirante Saldanha: notícia boa a previsão de entrega em agosto da reforma da Praça Almirante Saldanha, cujas obras deveriam ter sido concluídas há tempos, mas foram atrapalhadas por disputa política. No entorno do Dragão, o logradouro é vital para a retomada da frequentação do equipamento cultural.
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