
Vertical é a coluna de notas e informações exclusivas do O POVO sobre Política, Economia e Cidades. É editada pelo jornalista Carlos Mazza
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Depois do anúncio do deputado André Fernandes de que o PL não deve apoiar o ex-prefeito Roberto Cláudio ou Ciro Gomes (PDT) ao Governo do Estado em 2026, a oposição ao governador Elmano de Freitas (PT) tem adotado nova estratégia que envolve dois movimentos. Primeiro, sem dar por encerrada a possibilidade de palanque único, evitar qualquer debate nacional que tenha potencial de contaminar o xadrez local, a exemplo de uma condenação do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Segundo, começar a analisar a viabilidade política de possíveis nomes para concorrer ao Abolição. Combinadas, essas movimentações pretendem contornar arestas entre o bloco bolsonarista e o "cirista", ou seja, entre o grupo de Fernandes e o de RC e Ciro.
É mais do que razoável que esse grupo queira fugir do confronto num momento de convergência da oposição, mas se trata de estratégia que, de partida, enfrenta uma dificuldade: separar o âmbito nacional do estadual.
Para qualquer liderança política tradicional, entre elas Ciro, o jogo se divide entre dois campos: a disputa federal e sua lógica própria; e a local, que impõe arranjos também particulares. Essa é regra de ouro do mundo partidário.
O bolsonarismo não opera nesses termos. Exemplo disso foi a posição de André Fernandes, defendida por outros membros do PL e mesmo de fora da sigla, tal como Eduardo Girão (Novo). Para eles, a eleição é uma só, lá e cá.
De modo que as chances de Ciro ou de RC unificarem a oposição no Ceará dependem mais da configuração nacional, isto é, de quem encabece a candidatura presidencial. Se for Tarcísio de Freitas, melhor para os dois.
Uma turma entrou em cena para colocar panos quentes na desavença aberta por Fernandes dias atrás. À coluna, um deputado assegurou, aliás, que o episódio foi superado e que as costuras para uma chapa única avançam.
O próprio Fernandes teria mantido conversas com a ala "cirista", não descartando entendimento futuro. Há quem aposte que o dirigente do PL tenda a cair na real: o partido não tem candidato competitivo para postular o Governo.
Continua a render a nota de apoio à soberania nacional aprovada pela Assembleia antes do recesso. Deputado estadual, Queiroz Filho (PDT), que não aderiu ao documento, ponderou que o governo Lula vem explorando eleitoralmente o tarifaço de Trump.
Segundo o parlamentar, a versão cearense do manifesto sofreria desse mesmo vício de origem, ou seja, era uma tentativa de responder politicamente a um problema que, conforme ele, é mais de ordem diplomática e econômica.
Em participação no programa Debates do Povo, da rádio O POVO CBN, Queiroz também afirmou, em resposta jocosa a uma ouvinte que o havia criticado, que preferia ser confundido com um bolsonarista do que com um lulista.
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