
Vertical é a coluna de notas e informações exclusivas do O POVO sobre Política, Economia e Cidades. É editada pelo jornalista Carlos Mazza
Vertical é a coluna de notas e informações exclusivas do O POVO sobre Política, Economia e Cidades. É editada pelo jornalista Carlos Mazza
É possível que, numa semana agitada como esta, tenham passado ao largo da atenção dois gestos que envolvem o secretário Chagas Vieira, da Casa Civil do Estado. O primeiro foi a deferência do governador Elmano de Freitas (PT) ao citá-lo, durante evento oficial na quinta, 24, como "pai" da ideia por trás do ramal do VLT ligando o Castelão ao aeroporto, uma sugestão que nasceu no final do ano passado, em conversa entre Chagas e o chefe do Executivo. O segundo movimento foi a homenagem ao secretário feita pela turma do Curso de Segurança Institucional, da Casa Militar e Academia Estadual de Segurança Pública do Ceará. O que se extrai dessa movimentação? Mais que apenas o protagonismo que o titular da Casa Civil já vinha exercendo desde que voltou ao Abolição.
As menções sucessivas, tanto de Elmano quanto do aparato da gestão, indicam que Chagas está no radar do grupo para 2026, ou seja, que deve ter papel relevante na composição da chapa, possivelmente como nome para o Senado.
Quando se fala de grupo, leia-se: Camilo Santana. Mal comparando, é como se o ministro seguisse o exemplo de Cid Gomes, que, lá em 2014, alçou um secretário estadual relativamente desconhecido à condição de governador.
Mas Chagas tem ganhado terreno não apenas por mérito próprio ou por apadrinhamento, mas porque os colegas de base avançaram o sinal. Em bom português: queimaram a largada, abrindo a avenida para um novo concorrente.
Entre governistas, já há clareza de que o secretário subiu na cotação nessa disputa por cargo majoritário ano que vem, seja a senatorial, seja uma vaga de vice. Não é casual, então, que passe a receber mais holofotes agora.
Essa amarração, no entanto, esbarra em duas dificuldades: uma é que as posições no Senado e na vice são cobiçadas por outras forças políticas num arco já amplo, isto é, contemplar um aliado tão próximo não agregaria muito.
A outra é que a ida de Chagas para uma dessas cadeiras poderia melindrar Cid, que já se ressente do espaço ocupado pelo PT e quadros do "camilismo", mas também José Guimarães e Eunício Oliveira, ambos de olho nas vagas.
O cenário desenhado pelo Anuário Brasileiro de Segurança Pública elevou a pressão para que o comandante da Secretaria da Segurança Pública (SSPDS), Roberto Sá, confirme no 2º semestre de 2025 os resultados de queda nos homicídios do 1º semestre.
Como se sabe, Maranguape lidera o ranking de cidades mais violentas do Brasil, com 79,9 homicídios por 100 mil habitantes. Dois outros municípios cearenses aparecem na lista com os dez primeiros: Caucaia e Maracanaú.
Dentro do Governo, a resposta está na ponta da língua: esse filme já não é o de 2025. Maranguape, por exemplo, reduziu os assassinatos em 29% até agora, enquanto Caucaia e Maracanaú diminuíram 20% e 16,3%, respectivamente.
A diretoria do Instituto Nordeste Cidadania (Inec) se reuniu nesta semana com representantes dos ministérios da Fazenda e do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome (MDS). A agenda discutiu, entre outros temas, ações do Inec nas áreas de microfinanças e inclusão social.
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