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Uma semana depois, comunidade alvo de despejo de agrotóxicos segue contaminada
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Vertical é a coluna de notas e informações exclusivas do O POVO sobre Política, Economia e Cidades. É editada pelo jornalista Carlos Mazza

Vertical política

Uma semana depois, comunidade alvo de despejo de agrotóxicos segue contaminada

Por conta do risco de intoxicação e do forte odor de veneno, família que habitava uma residência atingida precisou deixar o local
RESÍDUOS de agrotóxicos foram identificados até nos telhados de casas  (Foto: Leitor/Via WhatsApp)
Foto: Leitor/Via WhatsApp RESÍDUOS de agrotóxicos foram identificados até nos telhados de casas

Alvo de um despejo de agrotóxicos na semana passada, comunidade em um distrito de Quixeré, no Vale do Jaguaribe, segue contaminada até a tarde desta terça-feira, 26. Por conta do risco de intoxicação e do forte odor de veneno, família que habitava uma residência atingida precisou deixar o local. O caso é investigado pela Polícia Civil do Ceará.

O episódio aconteceu na terça-feira da semana passada, 19, com focos de agrotóxico sendo despejados sobre o telhado, o piso da área de serviço e até objetos pessoais de uma família, como brinquedos, roupas e recipientes para armazenamento de água. Sete dias após o incidente, ainda não foi realizada ação de retirada do material.

Procurado pela coluna, o prefeito de Quixeré, Toinho do Banco (PT), afirma que a gestão municipal chegou a ser procurada pelos moradores da região, mas não possui equipamento adequado para fazer a limpeza do local. “Como é um material delicado, ficamos com receio de jogar água e acabar gerando uma contaminação”, afirma.

O gestor afirma, no entanto, que a Prefeitura de Quixeré acionou o Corpo de Bombeiros Militar do Ceará (CBMCE) sobre o caso. A coluna procurou o órgão sobre a limpeza da área, mas ainda não recebeu retorno até o presente momento.

Na semana passada, a Polícia Civil abriu investigação sobre o caso, inclusive para apurar se o despejo do material ocorreu de forma intencional. A Polícia Forense do Ceará também esteve na região e coletou parte do material para análise. Até esta terça-feira, no entanto, laudo do caso ainda não havia sido concluído.

Em entrevista à Vertical, o padre Júnior, da Cáritas Diocesana de Limoeiro do Norte, relatou que clima na região atingida é de “medo geral” desde o incidente. Caso é acompanhado pelo presidente da Comissão de Direitos Humanos da Alece, Renato Roseno (Psol).

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