
Vertical é a coluna de notas e informações exclusivas do O POVO sobre Política, Economia e Cidades. É editada pelo jornalista Carlos Mazza
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O ex-prefeito de Fortaleza, Roberto Cláudio, classificou como “pedra cantada” decisão da Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) que condenou, na semana passada, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e sete aliados pela tentativa de golpe de Estado de 2023.
Recentemente em rota de aproximação com bolsonaristas no Ceará, o ex-prefeito vinha sendo cobrado pela base do governo Elmano de Freitas (PT) sobre o julgamento. “Já era uma pedra cantada. Os sinais, o fato em si, o 8 de janeiro, as manifestações do Judiciário prévias, não tem nada de muito novo”, disse, em entrevista à SerTão TV de Quixeramobim.
“Tinha até data e prazo para acontecer. O que há de novo é a dosimetria da pena, que ninguém sabia estimar, e como vai ser o regime. Mas essa era uma história de favas contadas, ninguém tinha muita dúvida sobre isso. O próprio juiz que julgou antecipou, em falas informais, o que iria acontecer”, continua o ex-prefeito.
Apesar da breve menção ao caso, Roberto Cláudio criticou cobranças por manifestações sobre o caso, dizendo preferir debater questões do Ceará. “O que a gente precisa entender, menos sobre a prisão em si mas mais com as consequências dela para o Ceará, é que tipo de atitude nós vamos valorizar a partir de agora”, afirma.
“Nós vamos entrar no debate da polarização nacional, que em nada resolve nossos problemas do Ceará? Ou nós vamos debater o Ceará? O PT e o governo estão doidos para nacionalizar essa campanha, doido para que a gente fique, igual setores da imprensa ou setores mais radicais da esquerda, alimentando uma polarização que não debate o Brasil. E pela própria fraqueza do governo do PT aqui no Ceará, eles não querem debater o Ceará”.
“Querem esticar essa corda do debate nacional e não querem debater a criminalidade, as filas de cirurgia, a questão econômica que deixou o Ceará mais pobre”, diz. O ex-prefeito, que chegou a travar duros embates com setores negacionistas do bolsonarismo durante a pandemia de Covid-19, negou “contradições” na sua recente aproximação com a direita.
“Querem simplesmente rotular as pessoas. Ou você é lulista, ou você é de extrema-direita. O PT quer simplificar o debate no Ceará rotulando as posições. E o que na verdade estamos construindo é uma frente ampla. Partidos que pensam muitas vezes diferentes, mas que fazemos crítica e militamos na política do Ceará”, diz RC.
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