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Transtorno: Suspensão "surpresa" de linhas dificultou reação da Prefeitura
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Vertical é a coluna de notas e informações exclusivas do O POVO sobre Política, Economia e Cidades. É editada pelo jornalista Carlos Mazza

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Transtorno: Suspensão "surpresa" de linhas dificultou reação da Prefeitura

Vereadores e gestores da Prefeitura questionam corte repentino de linhas, o que teria dificultado a elaboração de respostas à crise
Suspensão de 25 linhas de ônibus em Fortaleza também afetou a linha 1310, que liga o Terminal do Siqueira ao Hospital Universitário do Ceará (Foto: Divulgação/Prefeitura de Fortaleza)
Foto: Divulgação/Prefeitura de Fortaleza Suspensão de 25 linhas de ônibus em Fortaleza também afetou a linha 1310, que liga o Terminal do Siqueira ao Hospital Universitário do Ceará

Gestores e vereadores de Fortaleza criticaram nesta terça-feira, 30, caráter “surpresa” da decisão Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros do Estado do Ceará (Sindiônibus) que suspendeu cerca de 25 linhas de ônibus de Fortaleza.

Segundo o presidente da Empresa de Transporte Urbano de Fortaleza (Etufor), comunicação foi feita apenas na segunda-feira, 29, quando a cidade já registrava transtornos provocados pela mudança. A falta de comunicação prévia acabou impossibilitando medidas para evitar maiores problemas para a população.

“É inaceitável o Sindiônibus achar que é maior do que o povo trabalhador da nossa cidade”, diz o vereador Bruno Mesquita (PSD), líder do governo Evandro Leitão (PT) na Câmara Municipal. Criticando a decisão “unilateral” do Sindiônibus, o vereador destacou que o calendário de negociações previa qualquer mudança nas linhas apenas em novembro.

“Não pode a gente ser surpreendido em uma segunda-feira, o dia que o trabalhador descansa no domingo e vai para o seu trabalho depois, o Sindiônibus mandar 25 linhas de ônibus pararem, em uma medida totalmente arbitrária, tirada da cabeça deles, sem dialogar com a Etufor, é algo totalmente inaceitável e vamos tomar todas as medidas para resguardar o povo de Fortaleza”, afirma Mesquita.

A leitura de que a paralisação pode ter sido utilizada para ampliar pressão sobre a Prefeitura tem inclusive feito que gestores defendam saídas alternativas para o problema, sem negociação direta com o Sindiônibus. "Não dá para ceder a chantagem", disse um integrante da gestão ouvido pela coluna.

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