
Vertical é a coluna de notas e informações exclusivas do O POVO sobre Política, Economia e Cidades. É editada pelo jornalista Carlos Mazza
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A prefeita de Crateús, Janaína Farias (PT), prestou depoimento na última terça-feira, 30, em audiência da ação movida pelo Ministério Público Eleitoral que acusa o ex-ministro Ciro Gomes (PDT) de violência política de gênero por ataques contra a petista.
Na ocasião, Janaína reiterou ter sido “humilhada” pelo ex-ministro, destacando que ataques alimentaram inclusive seus adversários políticos durante a campanha eleitoral de 2024. “Foi um momento de muito constrangimento, de muita humilhação, uma pessoa que é filha de uma família humilde, e que está onde está por conta do trabalho”, disse.
“Fui atacada, e depois na eleição municipal, os aliados dele, que disputavam comigo, reiteraram por diversas vezes esses ataques. Foram momentos muito difíceis”, disse. "Fui humilhada e a minha vida política foi prejudicada, minha família ficou muito abalada", continua.
O depoimento, realizado por videoconferência e que teve participação de Ciro, ocorreu em ação que apura possível crime do ex-ministro por ataques questionando a competência de Janaína para assumir cargo de senadora. À época das críticas, a petista era 2ª suplente de Camilo Santana (PT) no Senado Federal e chegou a assumir vaga na Casa.
“Eu estava no Senado, diante de todos os colegas, e fui exposta a esse momento muito difícil, fui ofendida dois dias depois que assumi o mandato. Eu sou uma mulher casada há 29 anos, e sempre trabalhei, então imagina para o meu marido, minha mãe, minha cidade toda, ouvindo esse tipo de ataque. Sou uma pessoa trabalhadora, dedicada”, protestou.
O depoimento foi prestado ao juiz da 115ª Zona Eleitoral de Fortaleza e contou com participação do ex-prefeito Roberto Cláudio, que estava inscrito como testemunha. No início da oitiva, Janaína chegou inclusive a pedir que Ciro não acompanhasse a videoconferência, alegando possível constrangimento ou receio de novos ataques.
O pedido chegou a ser referendado pela representante do Ministério Público presente na audiência. O advogado Alex Santiago, atuando na defesa do pedetista, no entanto, destacou que a previsão de depoimento por videomonitoramento já teria a finalidade de evitar quaisquer constrangimentos de depoentes. Depois do depoimento de Janaína, o julgamento do caso foi adiado para uma futura data.
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