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Conselho da UFC cita genocídio e anula acordo com universidade de Israel
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Vertical política

Conselho da UFC cita genocídio e anula acordo com universidade de Israel

Órgão emitiu nota se solidarizando com o povo palestino, destacando "preocupação" com situação de Luizianne e cancelando acordo de intercâmbio e cooperação acadêmica
FACHADA Reitoria UFC, na Avenida da Univerdade  (Foto: Thais Mesquita/ O POVO 22.08.2022)
Foto: Thais Mesquita/ O POVO 22.08.2022 FACHADA Reitoria UFC, na Avenida da Univerdade

O Conselho Universitário da Universidade Federal do Ceará (UFC) decidiu nesta segunda-feira, 6, cancelar acordo para Programa de Intercâmbio e Cooperação Acadêmica com a Universidade Ben-Gurion, de Israel. Em nota justificando a decisão, a instituição destaca “repudiar veementemente o genocídio em curso” na Faixa de Gaza.

“Neste momento, não é mais possível tolerar a continuidade do genocídio e da violação das normas internacionais pelo Estado de Israel”, diz a nota. “(O Conselho) manifesta que não mantém quaisquer relações acadêmicas de colaboração com instituições israelenses, em consonância com outras entidades brasileiras e internacionais”, continua o texto.

Destacando apelo da comunidade universitária sobre o tema, o Conselho reforça solidariedade ao povo palestino diante das "agressões sofridas". “O tamanho da violência e da destruição impede a elaboração de dados precisos e causa a subnotificação. Apesar disso, é sabido que dezenas de milhares de pessoas palestinas foram assassinadas desde outubro de 2023”.

O Conselho também destaca “preocupação” com situação da deputada federal Luizianne Lins (PT), professora licenciada do curso de Jornalismo da UFC e que está entre os detidos da Flotilha Global Sumud. “A comunidade da UFC reafirma sua preocupação com a integridade física e moral da professora e dos demais ativistas brasileiros e estrangeiros detidos e espera que sejam tratados com dignidade e humanidade”, diz.

Interceptado por Israel na semana passada, o barco onde estavam Luizianne e outros ativistas, políticos e artistas integrava uma ação de ajuda humanitária que tentou furar o bloqueio israelense na Faixa de Gaza. “O Estado de Israel, novamente, cometeu um ato criminoso ao interceptar em águas internacionais cidadãos de diversas nacionalidades, sequestrá-los e submetê-los à violência”, afirma o Conselho Universitário da UFC.

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