
Vitor Magalhães é jornalista do O POVO e escreve sobre política e mundo. É criador do Latinoscópio, projeto jornalístico que reúne diariamente informação, notícias, opinioes e curiosidades sobre os 20 países da América Latina
Vitor Magalhães é jornalista do O POVO e escreve sobre política e mundo. É criador do Latinoscópio, projeto jornalístico que reúne diariamente informação, notícias, opinioes e curiosidades sobre os 20 países da América Latina
A América Latina (AL) registrou na última quinta-feira, 11, mais de 1,5 milhão de casos confirmados do novo coronavírus, segundo aponta a somatória de dados oficiais consolidados dos países da região. Desde o início do surto, mais de 70 mil pessoas morreram por Covid-19 na AL.
Há algumas semanas, a Organização Mundial da Saúde alertou que a região era o novo epicentro da pandemia da Covid-19; o que, de fato, confirmou-se já que os números seguem crescendo e autoridades de saúde afirmam que a maioria desses territórios sequer atingiu o pico.
A situação brasileira segue alarmante. País com mais casos, muito em função da abrangência territorial e da população, o Brasil não apresentou um plano nacional de combate à doença; como a maioria de seus vizinhos.
Proporcionalmente, somos um dos países latinos que menos realiza testes e quando falamos em mortes a cada milhão de habitantes, a taxa de 194 óbitos é inferior apenas ao valor registrado no Equador (217 mortes/milhão).
Em abril, o Equador passou momentos dificílimos. Com parte do sistema de saúde colapsando, a cidade de Guayaquil registrou corpos abandonados nas ruas ou em casas por dias sem que autoridades nada fizessem.
Há subnotificação em toda a região. Entretanto, países como Costa Rica, Paraguai e Uruguai vêm obtendo resultados satisfatórios. Com dados transparentes, os três países somados registram um total de 46 óbitos.
Nenhum deles confirmou mortes por Covid-19 ontem, 11 de junho, e de acordo com dados oficiais o Paraguai está no 29° dia consecutivo sem registrar mortes enquanto o Uruguai está na 10ª jornada.
Venezuela, em crise institucional e humanitária há anos, é acusada frequentemente de não fornecer os dados reais relacionados ao vírus.
Assim como a Nicarágua de Daniel Ortega que, além de não aparentar mínima preocupação com o fator transparência, passou a divulgar os números de forma semanal.
Não se sabe quando, mas a crise sanitária há de passar. Entretanto, a socioeconômica que, certamente, virá deve agravar ainda mais a situação de uma região historicamente castigada por injustiças.
Argentina: 27,3 mil casos / 765 mortes
Bolívia: 16,1 mil casos / 533 mortes
Brasil: 809 mil casos / 41 mil mortes / 194 mortes/milhão (2° na região)
Chile: 160 mil casos / 2,8 mil mortes / 150 mortes/milhão (4° na região)
Colômbia: 45,2 mil casos / 1,4 mil mortes
Costa Rica: 1,5 mil casos / 12 mortes*
Cuba: 2,2 mil casos / 84 mortes
El Salvador: 3,4 mil casos / 68 mortes
Equador: 45,7 mil casos / 3,8 mil mortes / 217 mortes/milhão (1° na região)
Guatemala: 8,5 mil casos / 334 mortes
Haiti: 3,9 mil casos / 64 mortes.
Honduras: 7,6 mil casos / 294 mortes
México: 133,9 mil casos / 15,9 mil mortes / 124 mortes/milhão (5° na região)
Nicarágua: 1,4 mil casos / 55 mortes*
Panamá: 18,5 mil casos / 418 mortes
Paraguai: 1,2 mil casos / 11 mortes*
Peru: 214,7 mil casos / 6,1 mil mortes / 185 mortes/milhão (3° na região)
República Dominicana: 22 mil casos / 568 mortes
Uruguai: 847 casos / 23 mortes*
Venezuela: 2,8 mil casos / 23 mortes*
*Dados coletados a partir da plataforma Worldometers
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