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TikTok: de acusação de espionagem nos EUA à prisões de mulheres no Egito
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Vitor Magalhães é jornalista do O POVO e escreve sobre política e mundo. É criador do Latinoscópio, projeto jornalístico que reúne diariamente informação, notícias, opinioes e curiosidades sobre os 20 países da América Latina

Vitor Magalhães internacional

TikTok: de acusação de espionagem nos EUA à prisões de mulheres no Egito

Autoridades de segurança dos EUA dizem que app pode ser ferramenta de inteligência chinesa; No Egito, usuárias foram presas por postagens que "incitam a libertinagem" e violam "valores e princípios da família"
TikTok  (Foto: Divulgação/TikTok)
Foto: Divulgação/TikTok TikTok

O aplicativo de compartilhamento de vídeos TikTok tornou-se pauta de polêmica esta semana nos EUA após o presidente Donald Trump anunciar que proibiria operações da plataforma, de propriedade da empresa chinesa ByteDance, no país sob justificativa de que ela serviria como ferramenta de espionagem do país asiático.

Autoridades de segurança dos EUA manifestaram preocupação com possibilidade do app ser usado para coletar dados pessoais de usuários nos Estados Unidos para compartilhá-los com o governo chinês.

O caso gerou imbróglio até na negociação da gigante de tecnologia Microsoft que pretende adquirir a gestão da plataforma nos EUA. Nesta segunda-feira, 3, Trump disse que em caso de compra pela empresa estadunidense não barrará as operações do aplicativo que tem mais de um bilhão de usuários pelo mundo, cerca de 100 milhões só nos Estados Unidos.

Declarações do presidente ocorrem num contexto de acirramento das diplomáticas e comerciais com a China. A ByteDance nega as acusações de ter compartilhado dados com Pequim.

Já no Egito, postagens no TikTok foram motivo de prisões e condenações de diversas mulheres. Na semana passada, a influenciadora digital Manar Samy foi condenada a três anos de prisão por “incitar a libertinagem” devido a postagens nas quais canta e dança músicas mundialmente famosas.

Antes disso, outro tribunal já havia condenado cinco usuárias a dois anos de prisão por violarem “valores e princípios da família egípcia" em postagens que fizeram no aplicativo. Algumas influenciadoras digitais também receberam multas de 300.000 libras egípcias (cerca de R$98 mil).

País ultraconservador, o Egito vem detendo usuárias da rede social desde março passado segundo informações de veículos locais. Grupos de defesa dos direitos humanos dizem que liberdades vem sendo restringidas desde 2014, quando o atual presidente Abdel Fatah Khalil al Sisi assumiu.

 

(Com AFP)

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