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Bolívia fechará fronteira com o Brasil por temor de variantes do coronavírus
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Vitor Magalhães é jornalista do O POVO e escreve sobre política e mundo. É criador do Latinoscópio, projeto jornalístico que reúne diariamente informação, notícias, opinioes e curiosidades sobre os 20 países da América Latina

Vitor Magalhães internacional

Bolívia fechará fronteira com o Brasil por temor de variantes do coronavírus

Anúncio foi feito nesta quinta-feira, 1°, pelo presidente boliviano Luis Arce; medida vale inicialmente por sete dias e tem intuito de prevenir eventual disseminação de variantes brasileiras do vírus
Luis Arce (ao centro), presidente da Bolívia. (Foto: AFP)
Foto: AFP Luis Arce (ao centro), presidente da Bolívia.

O presidente da Bolívia, Luis Arce (MAS), anunciou o fechamento temporário da fronteira com o Brasil, a partir desta sexta-feira, 2, para prevenir a disseminação de variantes brasileiras do coronavírus. A medida vele inicialmente por sete dias e tem objetivo de "proteger a população boliviana"

"Como parte das medidas de proteção à população, instruímos o fechamento temporário das fronteiras com o Brasil por 7 dias", informou, nesta manhã, em sua conta no Twitter. Na prática, as medidas atingem a fronteira com os estados brasileiros do Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, de Rondônia e do Acre.

Arce ressaltou ainda que caso municípios bolivianos verifiquem a existência de variantes do coronavírus, um "encapsulamento" ou quarentena, "estabelecendo controles para sua mitigação, pelo tempo que for necessário" deverá ser aplicado e que os ministérios das Relações Exteriores, Saúde e Governo poderão ordenar confinamentos temporários.

A falta de medidas unificadas de combate à pandemia no Brasil pode fazer com que o país seja isolado por outras nações devido ao temor do alastramento de variantes do vírus. Em 10 de março o médico e neurocientista Miguel Nicolelis, já classificava o Brasil como epicentro da pandemia. À época com cerca de duas mil mortes diárias, ele disse que o País era "o maior laboratório a céu aberto do vírus". 

A imprensa boliviana tem relatado aumento de infecções em cidades que fazem fronteira com o Brasil, mas autoridades de saúde não confirmaram se há variantes do vírus em circulação. O governo não comunicou se haverá e quais serão as medidas aplicadas para as viagens aéreas entre os dois países. Atualmente, todas as pessoas que entram na Bolívia precisam apresentar um teste negativo de Covid-19.

As restrições ocorrem num momento em que o Brasil vive o pior mês desde o início da crise sanitária, com mais de 66.000 mortes só em março, mais que o dobro do número em julho de 2020, que havia sido o mês mais letal da pandemia. Ao todo, mais de 300 mil pessoas já morreram no Brasil em decorrência da crise. Já na Bolívia, com 11,5 milhões de habitantes, foram 12.257 óbitos confirmados.

Com AFP

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