Doutor em Ciência Política pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), atualmente professor e coordenador do Curso de Bacharelado em Ciência Política da Universidade Federal do Piauí (UFPI), onde coordena, ainda, o Grupo de Pesquisa sobre Democracia e Partidos Políticos (GEPPOL). Em 2018, foi guest scholar no Kellogg Institute for International Studies da Universidade de Notre Dame
Dia 16 de agosto foi o primeiro dia de campanha. No Piauí, os candidatos participaram de dois debates: o primeiro, realizado pela TV Cidade Verde; o segundo, pela TV Meio Norte. Os debates contaram com a participação de todos os candidatos registrados junto ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE): Sílvio Mendes (União Brasil), Rafael Fonteles (PT), Gessy Lima (PSC), Coronel Diego Melo (PL), Geraldo Carvalho (PSTU), Gustavo Henrique (Patriota), Madalena Nunes (PSOL), Lourdes Melo (PCO) e Ravenna Castro (PMN).
Em comum, nos dois debates, é que os candidatos mais bem posicionados nas pesquisas eleitorais - Sílvio Mendes e Rafael Fonteles - tiveram estratégias distintas em relação aos vínculos com a disputa presidencial. Como já observado no período de pré-campanha, Mendes evita os possíveis vínculos com o presidente da República, ainda que seja apoiado por Ciro Nogueira (PP), chefe da Casa Civil do governo Bolsonaro. Em suas falas, buscou estadualizar o debate, sobretudo, porque o Piauí tem dado as maiores votações ao PT, em termos proporcionais, nas disputas presidenciais.
Fonteles defendeu sua trajetória enquanto gestor no governo de Wellington Dias, também do PT e candidato ao Senado Federal. O candidato petista ao Governo do Estado também utilizou o espaço para se vincular ao candidato à presidência da República do mesmo partido, Luís Inácio Lula da Silva. Considerando a forte base lulista presente no estado, a estratégia será bastante recorrente nos próximos debates e na campanha eleitoral como um todo.
O único candidato que defendeu, explicitamente, o legado bolsonarista, colocando-se como palanque para o presidente, foi Coronel Diego Melo, filiado ao mesmo partido de Jair Bolsonaro, o PL. Em seu discurso, filiou-se ao mesmo discurso antipetista que ajudou a eleger o atual presidente em 2018. Ter palanque bolsonarista, mesmo em um estado fortemente lulista, busca contribuir com a mobilização da base de apoio ao presidente, ainda que diminuta.
Em suma, os primeiros debates serviram para que os eleitores possam se familiarizar com os candidatos ao cargo de governador do estado, afinal de contas, são nove opções somente para este cargo. Além disso, o eleitor ainda terá que escolher candidatos para outros cargos: presidente da República, senador, deputado federal e estadual. Estamos apenas no início da campanha e cabe a nós, eleitores, conhecer os candidatos e realizar a melhor escolha possível.
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