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Setor de eventos tem prejuízos após novo decreto no Ceará
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Jornalista e radialista. Formado em Comunicação Social - Jornalismo - pelo Centro Universitário Estácio do Ceará e com passagens pelo Sistema Verdes Mares, como repórter esportivo, Grupo de Comunicação O POVO, como repórter de mídias digitais, e Grupo Cidade de Comunicação, como coordenador digital. Atualmente, é diretor de criação no Grupo de Comunicação O POVO, tendo retornado à empresa em 2021. Acompanha assuntos de entretenimento. Tem como hobby narrar futebol nas horas vagas.

Walber Freitas arte e cultura

Setor de eventos tem prejuízos após novo decreto no Ceará

Associação de promotores tenta reunião com o governador Camilo Santana para reverter suspensão de shows com capacidade para cinco mil pessoas
Em janeiro, a casa de shows Auê, antigo Faroeste, teria três grandes eventos, no qual dois foram cancelados e um teve a venda de ingressos suspensa (Foto: Reprodução/Instagram/Auê)
Foto: Reprodução/Instagram/Auê Em janeiro, a casa de shows Auê, antigo Faroeste, teria três grandes eventos, no qual dois foram cancelados e um teve a venda de ingressos suspensa

O governador Camilo Santana anunciou um novo decreto com medidas que suspendem eventos privados com um público superior a 250 pessoas em ambientes fechados e 500 pessoas em ambientes abertos, nessa quarta-feira, 5 de janeiro (05/12), reduzindo em 90% a quantidade permitida que era de cinco mil pessoas. O objetivo, segundo o mandatário, é conter o aumento de casos de síndromes respiratórias. Com a decisão, diversos eventos foram cancelados ou adiados, o que causou grandes prejuízos ao setor do entretenimento no Ceará.

Em entrevista à coluna, Rafael Albuquerque, advogado da Associação Brasileira dos Promotores de Eventos (Abrape), afirmou que o decreto pegou o setor totalmente de surpresa. "Não teve um diálogo prévio para nos informar sobre o decreto. Fomos pegos de surpresa. Caso soubéssemos antes, tentaríamos amenizar o impacto disso tudo, que já é tremendo, pois demoramos mais de 1 ano e meio para voltar a realizar grandes eventos. Fizemos apenas dois meses de festas com capacidade para cinco mil pessoas: novembro e dezembro", afirma.

Rafael informou à coluna que a Abrape tenta marcar uma reunião com Camilo Santana no objetivo de traçar um planejamento para o setor. "Como precisamos de 60 dias ou mais para realizar um evento, temos de ter certeza que eles voltaram em fevereiro, março ou abril", disse.

Para Rafael, o que causou o aumento na curva de casos de covid-19 foram os encontros informais. "Festas clandestinas, eventos em chácaras, casas de praia lotadas sem o devido protocolo sanitário exigido, como passaporte e a utilização de máscaras", lamenta.

Sócio da casa de shows Auê, antigo Faroeste, Daniel Meireles lamenta o cancelamento das festas "LS Exclusive", com apresentação de Léo Santana, e a "Bloquinho do Auê", com show do Harmonia do Samba. "Cerca de 300 pessoas ficarão sem renda neste mês de janeiro por conta do novo decreto. Os setores de turismo, logística, bebidas, alimentação, som, luz, estrutura física foram todos afetados. É lamentável que não houve uma conversa para diminuir o impacto", ressalta.


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