Wanderson Trindade é repórter do O POVO+ e player1 do UP Gamer+, programa de entrevistas durante partidas de jogos eletrônicos. Por aqui, escreve um pouco de tudo sobre o universo gamer no Ceará, no Brasil e no mundo, além de trazer informações do cenário competitivo, com foco no FPS.
A comunidade dos esportes eletrônicos de Fortaleza tem ganhado força e voz, inclusive no parlamento. Recentemente foi apresentada na Câmara Municipal uma proposta de incentivo à categoria, com a criação de eventos e competições na Cidade.
A ideia é do vereador Pedro Matos (PL), o mesmo parlamentar que propôs a criação do Dia Municipal dos Jogos Eletrônicos em Fortaleza. Agora ele pretende fazer com que os gamers da capital cearense disponham de um rico calendário de eventos ao longo do ano.
Por meio da proposta de indicação 294/22, ficaria destinada à Secretaria Municipal de Esporte e Lazer (Secel) a responsabilidade pela realização dos eventos, bem como sua divulgação. Parcerias com instituições públicas ou privadas também estão previstas.
Conforme avalia Pedro Matos, a maior visibilidade da comunidade gamer poderia acarretar em uma maior participação do público na Cidade. “Como uma capital que atua sempre em busca da inovação, Fortaleza deve acompanhar a evolução do esporte e agir no incentivo a esse grupo de profissionais e jovens engajados nessa categoria”, comenta.
Apesar de já serem uma realidade profissional para muitas pessoas, os esportes eletrônicos ainda engatinham no Brasil quanto à sua legislação e regulamentação. “Direitos trabalhistas” e “apoio de políticas públicas”, como bolsas, são termos desconhecidos neste mercado multimilionário que cresce ano a ano, tanto em termos de faturamento como de público.
Discussões sobre esse tema estão travadas no Congresso Nacional desde 2017. Enquanto isso, de acordo com levantamento do site Canaltech, 11 Assembleias Legislativas trabalham para aprovar, ou já aprovaram, série de normas para reconhecer legalmente a prática do esports.
Mas esse caminho ainda é longo, já que o desconhecimento sobre o mercado gamer ainda paira sobre as cabeças de muitos parlamentares, gerando polêmicas, como a que aconteceu com os deputados cearenses André Fernandes (PL) e Nezinho Farias (PDT). Em 2019, este último apresentou proposta que buscava incentivar a profissionalização dos jogos eletrônicos, reconhecendo os praticantes como atletas.
Na interpretação de André Fernandes, porém, esta seria uma medida que visava regularizar o “jogo do bicho” e, de alguma forma, beneficiar facções criminosas por meio de lavagem de dinheiro. A discussão foi longa (você pode relembrar mais detalhes dessa história clicando aqui) e o projeto virou lei na Assembleia Legislativa cearense.
Fato é que pouco a pouco os profissionais gamers ganham o reconhecimento necessário de suas atividades.
Ôpa! Tenho mais informações pra você. Acesse minha página e clique no sino para receber notificações.
