Atualmente com 185 casos confirmados do novo coronavírus, o Ceará tem hoje 30 pacientes internados com a doença em leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI). A informação foi confirmada no fim da tarde desta terça-feira, 24, pelo secretário da Saúde do Estado, Dr. Cabeto, em entrevista ao O POVO.
“Temos hoje em torno de 270 pacientes internados (entre suspeitos e casos confirmados). Desse total, quase 30 estão em UTIs, esses evidentemente em estado mais grave”, disse. Segundo o secretário, o governo deve em breve disponibilizar um sistema de acompanhamento mais eficaz da evolução dos casos no Estado, através do Integra SUS.
De acordo com Cabeto, evolução do número de casos no Ceará tem acontecido dentro do previsto pela equipe de saúde do governo. “O Ceará se diferenciou dos outros estados porque tivemos uma estratégia de mapear todo mundo. Saímos testando desde pessoas com sintomas àquelas asssintomáticas, mas que tiveram contatos com casos confirmados”, afirma.
“Estamos notificando mais e isso é um bom sinal. Isso faz com que a gente aparecesse a nível nacional com um número bem significativo, mas permitiu também que o Ceará se antecipasse em várias estratégias, como por exemplo o isolamento social”, diz. Atualmente, apenas São Paulo (810) e Rio de Janeiro (305) possuem mais casos confirmados da Covid-19 que o Ceará.
Cabeto destaca, por exemplo, que a abertura do Hospital Leonardo da Vinci como suporte para casos de coronavírus foi feito com base em previsões feitas a partir do mapeamento de dados da pasta. “Estamos montando um sistema onde acompanhamos tudo em tempo real, para onde vão os casos, como está o tamanho da curva de novos casos, tudo é analisado”, diz.
Nesta terça-feira, o governador Camilo Santana (PT) anunciou ainda a abertura de 150 novos leitos para tratamento da doença no Estado. Segundo ele, os novos equipamentos funcionarão em hospitais de campanha montados ao lado do Hospital Geral de Fortaleza (HGF), do Hospital César Cals e do Hospital do Coração de Messejana.
O nome "corona" se deve à coroa de espinhos que o envolve. Esses espinhos estão envolvidos por uma camada de gordura - retirada das próprias células humanas. Ele entra nessa capa de gordura para invadir outras células. Sem esta fina capa de gordura, o coronavírus morre.
Os coronavírus são transmitidos por ar e por mucosas. O vírus sobrevive bastante tempo em gotículas de espirro e tosse. Para evitar contaminação por meio das gotículas, recomenda-se ficar a pelo menos um metro e meio de pessoas com tosse ou espirrando.
O vírus também está em gotículas aerossóis. Elas são tão minúsculas e finas que ficam suspensas no ar, e contaminam principalmente pessoas que estão em ambientes fechados com ar condicionado.
Lave as mãos regularmente com álcool em gel ou com água e sabão. O álcool e o sabão matam vírus que podem estar nas mãos.
Mantenha ao menos um a dois metros de distância entre você e pessoas que estejam tossindo ou espirrando. O vírus do Covid-19 é transmitido por gotículas que estão nos corrimentos nasais e saliva. A distância entre pessoas com sintomas de gripe evita que as gotículas cheguem a você.
As mãos tocam todos os tipos de superfície e podem pegar vírus. Uma vez contaminadas, as mãos podem transferir o vírus para os olhos, nariz e boca. De lá, o vírus pode entrar no organismo e adoecer você.
Quando estiver rodeado de pessoas, cubra a boca com a dobra do cotovelo ao espirrar ou tossir. Também é possível usar lenços, que devem ser descartados prontamente depois do uso - dobre-os com a parte usada para dentro, a fim de evitar que o vírus se espalhe.
Se você está se sentindo mal, fique em casa. Caso tenha sintomas como febre, tosse e dificuldade em respirar, ligue para o posto de saúde mais próximo. A partir da ligação, os agentes de saúde indicarão o que você deve fazer: se deve ficar em casa, se encaminharão um profissional, ou se você pode ir a uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA).
Os sinais do novo coronavírus se assemelham ao de uma gripe comum:
- Febre
- Tosse seca
- Cansaço
- Dificuldade para respirar em alguns casos
- Pode haver dores no corpo
- Congestão nasal
- Coriza
- Dor de garganta
- Há casos de diarreia
- Pode haver infecção do trato respiratório inferior, como nas pneumonias.
Há pessoas que não desenvolvem nenhum sintoma.
Período médio de incubação: cinco dias, com intervalos que chegam a 12 dias - período em que os primeiros sintomas levam para aparecer desde a infecção.
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