No dia em que o contêiner com cocaína foi descoberto no Porto do Mucuripe, a Polícia Federal estava sem seu cão de faro, usado em operações de detecção de drogas. A cadela estaria doente na data. O pessoal da Receita Federal foi acionado para emprestar seu cachorro, um pastor alemão com o mesmo treinamento, e o órgão foi inserido na operação. Normalmente, a Receita só é incluída para vistoriar equipamentos já carregados.
No dia 1º de novembro, pela manhã, O POVO chegou a procurar oficialmente informações junto à Receita Federal sobre uma suposta carga que teria sido retida no pátio do porto do Mucuripe. A informação buscada era sobre uma possível apreensão de drogas. Não se soube de quantidade nem destino ou proprietário da carga.
Na verdade, seria ainda a inspeção feita em contêineres suspeitos, após a descoberta da cocaína no equipamento reefer, duas semanas antes. A Superintendência da Receita Federal no Ceará, que também responde por Maranhão e Piauí, preferiu não repassar informações específicas para a reportagem.