O titular da Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas (Draco), Harley Filho, concedeu entrevista ao O POVO, no último dia 14, acerca das prisões realizadas durante os ataques. Na ocasião, o delegado admitiu que, entre os presos, não havia membros do PCC ou que declarassem pertencer à facção.
"Ainda estou aguardando para ter um diagnóstico completo dessas prisões. Ainda estamos levantando para confirmar se houve ou não participação dessa facção nas ações. Os autuados já se denominaram membros dessas outras duas facções (CV e GDE). Mas, do PCC, eu não peguei", declarou.
Uma semana depois, na última segunda-feira, 21, O POVO voltou a falar com o delegado. E a situação era a mesma. Sem presos do PCC. Sobre as prisões, Harley informou que os adultos capturados na Região Metropolitana de Fortaleza (RMF) estavam sendo conduzidos para a Draco, localizada no bairro Aeroporto, onde aguardariam pelas audiências de custódia. A unidade teve o policiamento reforçado.
Entre os capturados, garantiu o delegado, há lideranças de facções, embora eles não fossem do primeiro escalão ou "líderes" máximos das organizações. "Até porque eles não são inocentes de dar a cara nessa situação", disse. Harley, contudo, evitou citar nomes.
O delegado disse ainda que não há informações sobre a possibilidade de que os ataques tenham sido ordenados de fora do Estado. Destaca, contudo, que o trabalho da inteligência da Polícia Civil evitou muitos outros ataques, inclusive com uso de explosivos, e até homicídios. "Continuamos tentando mapear, localizar e prender essas pessoas", completou.