Levantamento do O POVO, com dados do Tribunal de Justiça do Ceará, mostra um período de um a três anos do crime ao julgamento - desde a promulgação da Lei do Feminicídio (em março de 2015). Dois casos, um em Porteiras (em 2010) e outro em Alto Santo (em 2011), tramitaram sete anos na Justiça.

O julgamento "depende muito da situação do processo", esclarece a juíza Rosa Mendonça, titular do Juizado de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher. "Depende da quantidade de testemunhas ouvidas, dos recursos. Não se pode julgar com rapidez", completa.

"A Justiça procura dar respostas", avança a juíza, diante das limitações que considera. "Há um comprometimento de urgência em dar essas respostas. Mas não é um trabalho somente da Justiça. É de todos nós, sociedade", reflete sobre o fim dessa violência.