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Relíquias da Menina Benigna peregrinam por Fortaleza
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Relíquias da Menina Benigna peregrinam por Fortaleza

A imagem da Menina Benigna ocupará, a partir deste mês, o altar da matriz de Santana do Cariri ao lado de outros santos oficiais da Igreja Católica. A adolescente, assassinada porque resistiu ao assédio de um estuprador, teve as virtudes de uma vida santa reconhecidas pelo Vaticano
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Padre Paulo Evangelista, vigário paroquial de Santana do Cariri e coordenador da Missão Benigna. Em Fortaleza, o religioso exibiu um livro que pertenceu a Menina martirizada  (Foto: Demitri Túlio)
Foto: Demitri Túlio Padre Paulo Evangelista, vigário paroquial de Santana do Cariri e coordenador da Missão Benigna. Em Fortaleza, o religioso exibiu um livro que pertenceu a Menina martirizada

Outubro de 2022 será histórico para a região do Cariri, para o Ceará e para o roteiro da fé de romeiros do Brasil. No próximo dia 24, a Menina Benigna será beatificada pelo Vaticano e celebrada antecipadamente, em Santana do Cariri, como a primeira santa cearense.

Enquanto se aguarda a beatificação da garota de 13 anos, que lutou para não ser estuprada e foi martirizada em 1941, relíquias da menina "santificada pelo povo" passaram por Fortaleza.

Um livro com histórias bíblicas pertencentes à Benigna e um pano que tocou seus ossos foram trazidos para o altar do Instituto Nossa Senhora da Aurora (Insa), no bairro Lagoa Redonda. Teve missa, sermão sobre a vida da moça e distribuição de santinhos com a imagem dela. Uma garota num vestido vermelho com detalhes de bolinhas brancas.

As relíquias de 2º e 3º graus peregrinam com o padre Paulo Evangelista da Costa Silva, 34, vigário paroquial de Santana do Cariri e coordenador da Missão Benigna. A peregrinação é uma estratégia da diocese de Crato para fazer conhecer a vida e as virtudes de Benigna Cardoso da Silva.

Ao O POVO, o padre Paulo Evangelista fala sobre as “andanças” das relíquias de Benigna e o que falta para a “menina martirizada” se tornar a primeira santa oficial do Cariri cearense, uma meca da fé popular fundada pelo Padre Cícero.

O POVO – As relíquias da Menina Benigna estão percorrendo o Ceará?

Padre Paulo Evangelista – É assim, a Missão Benigna foi pensada para preparar as paróquias da diocese de Crato para a beatificação da Menina. O intuito é fazer com que a história e as virtudes da Menina Benigna sejam conhecidas e aprofundadas para a comunidade se preparar. Na nossa missão, a gente sempre leva um quadro (com um retrato pintado) e uma relíquia de 2º grau dela. No caso, é um livro de histórias bíblicas que ela recebeu quando tinha 12 anos de idade. É uma espécie de resumo da Bíblia sagrada.

OP – Recebeu o livro de quem?

Padre Paulo – Do padre Cristiano Coelho, vigário de Santana do Cariri na época. A Missão Benigna é para animar as comunidades da diocese do Crato. Porém, padres de outras paróquias me chamaram para fazer algum serviço pastoral e acabou que eu extrapolei o espaço da diocese. Há outros convites para realizar pregações depois da beatificação, agora estou com a agenda muito cheia.

OP – O que são relíquias de segundo grau?

Padre Paulo – São objetos, vestes, calçados que pertenceram à pessoa santa. Um vestido, uma calça, um livro, outro objeto. No caso das relíquias trazidas para Fortaleza, trouxemos um livro de Histórias Bíblicas que pertenceram à Benigna. Ela lia e rezava por ele. Há as relíquias de terceiro grau, que eu trago e entrego para pessoas nessas peregrinações. É um santinho com a imagem de Benigna e um pedacinho de tecido. Esse tecido teve contato com os ossos da menina.

OP – Quando ocorreu?

Padre Paulo – No ano passado, quando foram fazer as relíquias (de 3º grau). A gente compra um tecido bem grande, põe junto dos ossos, depois tem uma equipe que corta e faz as relíquias. Por si só a relíquia já é abençoada, já é a expressão do santo. Só que existe um ritual e a promessa das pessoas que fazem. Também entregamos pessoas que têm vontade de receber e não estão em nenhuma celebração, elas podem procurar o Instagram @martirbenigna.

OP – É a primeira vez que as relíquias passam por Fortaleza?

Padre Paulo – Sim, é a primeira vez presente na Capital. É a primeira vez, também, que saiu do Cariri.

OP – O que representa uma relíquia de alguém que poderá se tornar santa?

Padre Paulo – Para a igreja, a relíquia é uma extensão do santo e um instrumento da graça de Deus. Onde está a relíquia, ali se evoca a lembrança, o testemunho e a fidelidade à pessoa do santo. Ao mesmo tempo, a relíquia acaba se transformando na graça. Muita gente, a partir do contato com a relíquia, dirige o coração e a fé ao santo e acaba conseguindo graça.

 

Relíquias da Menina Benigna, primeira beata cearense reconhecida pelo Vaticano, foram expostas no Instituto Nossa Senhora da Aurora, no bairro Lagoa Redonda, em Fortaleza
Relíquias da Menina Benigna, primeira beata cearense reconhecida pelo Vaticano, foram expostas no Instituto Nossa Senhora da Aurora, no bairro Lagoa Redonda, em Fortaleza (Foto: Demitri Túlio)



OP – Quais são os tipos de relíquias?

Padre Paulo – Existem relíquias de 1º, 2º e 3º graus. Relíquias de 1º grau são partes do corpo do santo, são ossos, cabelos. O corpo chama-se relíquia de 1º grau.

OP – Não tem nenhuma de Benigna?

Padre Paulo – Tem, mas elas não podem ser expostas agora. Só depois da beatificação, por isso que eu não ando com elas. Há ossos e pedaços do corpo dela.

OP – Foi retirada na exumação para o processo de beatificação e, depois, santificação?

Padre Paulo – Isso. Em 2012 foi feita a exumação e retirados fragmentos do corpo de Benigna (que está enterrado no interior da igreja matriz de Santana do Cariri).

OP – A exumação é feita pelo Vaticano com autorização da Justiça?

Padre Paulo – Tem que ter autorização tanto do Vaticano quanto da família. Foi feita a exumação pela igreja porque é uma causa da igreja. Foi em 2012, mas só a partir do ano passado que começamos a confeccionar as relíquias. Só é considerado relíquia quando a igreja reconhece a santidade da pessoa. Antes eram apenas restos mortais.

OP – Ela vai ser beatificada pelo Vaticano, mas já é considerada santa há muito tempo pelo povo.

Padre Paulo – Então, a igreja reconhece a santidade e as virtudes da pessoa a partir da beatificação. Com a beatificação, a manifestação pública de fé só pode ocorrer no território nacional. Depois da canonização, o instituto público se estende para todo o globo terrestre. Dizer que a pessoa é beata é reconhecer a santidade divina, uma vida virtuosa.

 

Representação da Menina Benigna, garota cearense que será beatificada pela Igreja Católica. Ele foi assassinada em 1941 por resistir a um estuprador, em Santana do Cariri
Representação da Menina Benigna, garota cearense que será beatificada pela Igreja Católica. Ele foi assassinada em 1941 por resistir a um estuprador, em Santana do Cariri (Foto: Demitri Túlio)



OP – Por que o Vaticano sentiu a necessidade de levar Benigna para o altar?

Padre Paulo – É o seguinte, quem imprime o caminho para a beatificação é a diocese. Por exemplo, existe a fama de santidade daquela pessoa já entre o povo e a igreja diocesana observa, reconhece e começa um processo junto da Congregação Para a Causa dos Santos. A partir desse processo, você manda um mundo de documentos, envia um dossiê sobre a vida daquela pessoa, as virtudes, com depoimentos de quem conheceu, de quem escutou a devoção desde cedo e aí você manda para uma secretaria especial do Vaticano. E aí, analisam se a pessoa tem realmente virtudes. O processo começou em 2012 na diocese de Crato. O Vaticano reconheceu, realmente, a santidade. Então, o reconhecimento da igreja é necessidade para os nossos tempos. "Olhe, essa menina que foi órfã de pai e mãe, que sofreu muitas privações, que passou pelos assédios, mas que teve uma vida marcada pela experiência de Deus. Essa menina nos indica o caminho do céu atrás da virtude, da caridade, da fidelidade até a morte". Há sempre uma necessidade de reconhecer esses homens e mulheres que indicam o Evangelho de forma concreta em suas vidas.

OP – A igreja insiste que Benigna, uma menina de 13 anos, guardou até a morte a castidade porque era uma pessoa religiosa. Ali, na hora da luta contra o assassino, não foi na verdade um ato contra o machismo e pela sobrevivência?

Padre Paulo – Não. Porque ela não tinha consciência disso. Se fosse um ato contra o machismo ela teria consciência do que seria machismo, educação e uma formação. Isso não existiu. A sua defesa era por causa da fé. Agora, nós podemos pegar esse ato e, hoje, interpretar também como uma luta de respeito à condição da mulher. Essa interpretação somos nós que podemos fazer hoje, torná-la um símbolo da luta contra esse tipo de comportamento. Nunca na cabeça dela tinha essa consciência. Não posso julgar o passado com os olhos do presente. Eu faço outra pergunta: O maior instinto que nós temos é o da sobrevivência. O que era mais fácil? Ceder para continuar viva.

OP – Concordo, mas uma menina em 1941 teria essa consciência em nome da igreja?

Padre Paulo – Não, ela tem consciência da fé. Porque existe um mandamento de não pecar contra a castidade. No livro, o Raul (assassino da Menina) atesta que ela lutou virtuosamente, não apenas pela sobrevivência. Isso faz parte do pensamento da época, da formação, tem a consciência do pecado, da ofensa a Deus a partir daquele ato. Não tem toda a consciência do pecado, da ofensa a Deus a partir daquele ato. Não tem a consciência teológica como esse discurso elaborado que faço. Isso é a coisa menos importante, o gesto dela diz daquilo que ela acredita.

OP – A beatificação de Benigna teria acelerado a beatificação do Padre Cícero?

Padre Paulo – Na verdade, cada processo é diferente. Cada santo teve uma vida, uma história. A história do Padre Cícero é muito grande, tem envolvimento de muitas dimensões, são dois contextos, duas histórias bem distintas. Benigna não escreveu nada, foi uma criança que não se envolveu com nada a não ser a sua vida. Benigna morreu com 13 anos, muito jovem. Padre Cícero morreu com 90 anos, ele teve a experiência dos fatos de Juazeiro que complicaram um pouco. Depois, Padre Cícero se envolveu na política. Então, veja, são muitas dimensões que precisam ser clareadas para que a igreja sinta segurança para dizer que é isso. Cada processo é diferente, mesmo que no altar do coração do povo já tenha sido canonizado, ou seja, ninguém vai destruir a imagem daquela pessoa. Uma coisa é a nossa piedade e a nossa fé aqui, outra coisa são os critérios e os caminhos sérios que Roma faz para isso.

OP – O Cariri não poderia ter uma santa oficial antes do Padre Cícero?

Padre Paulo – Não existe uma norma, quem define é Deus. Não são os homens. Todo mundo ficou muito feliz (com o anúncio da beatificação de Padre Cícero). Eu fiquei muito emocionado porque fui criado numa relação saudável com o padre. Outras pessoas foram criadas com relação que não era saudável. Então, somente nisso você já percebe contradição, contradição que dificulta os processos. Cada coisa no seu tempo, o Padre Cícero não será apagado da mente de ninguém. Benigna, beatificada ou não, o Padre Cícero continua tendo o mesmo valor para o coração do povo. O desejo de apagar a memória de Padre Cícero foi feito, a própria igreja oficial da época, fez todo um trabalho na tentativa de apagar da memória do povo. Não conseguiu, ninguém consegue não. Ele já está entronizado no coração das pessoas. Quando a pessoa ama, não tem quem tire.

OP – Para o Ceará, serão os dois primeiros santos. Qual o tamanho disso para o Cariri?

Padre Paulo – Em relação a experiência religiosa sempre acresce aquilo que faz parte da identidade do nosso povo cearense, nordestino. Mas nós, do Cariri, de um modo especial, temos uma relação com os santos através das devoções populares, da manifestação de piedade popular da fé. Em segundo, a confirmação da igreja nos faz recordar outra vez o nosso chamado à santidade. Todos nós somos chamados à santidade. E que cada um a seu modo. Benigna era uma criança órfã e o Padre Cícero um sacerdote idoso que se envolveu com política e outras coisas. Cada um a seu modo respondeu o chamado de Deus.

OP – E do ponto de vista econômico para o Cariri?

Padre Paulo – No contexto mais turístico religioso isso acrescenta mais espaços de visitação e, consequentemente, o crescimento da economia e visibilidade da região do Cariri.

OP – O santuário de Benigna, em Santana do Cariri, será ampliado?

Padre Paulo – É, já tem um santuário pequeno, onde há visita das pessoas. Há visita também aos restos mortais dela que estão na matriz (de Santana) e visita ao local do martírio. São esses três lugares que têm ligação com a vida de Benigna. Alguns romeiros que vêm do Juazeiro do Norte para o Canindé (de São Francisco), por exemplo, já passam lá. Santana do Cariri já está entrando no roteiro da fé do romeiro.

OP – Depois de Fortaleza, as relíquias de Benigna seguem para onde?

Padre Paulo – Estou voltando para Santana do Cariri, Fortaleza não estava prevista no roteiro. Acabou coincidindo com a cerimônia dos votos perpétuos de frades, que vim acompanhar. A minha obrigação era somente as paróquias da nossa diocese. Em Santana, estou com a missão de percorrer as 22 comunidades. Cada dia, estou numa comunidade rural visitando as famílias, abençoando e rezando missa. Terminarei a missão no dia 10/10, comecei no dia 1º de maio deste ano e visitei os 32 municípios do Cariri.

OP – Quais os passos depois da beatificação?

Padre Paulo – Com a beatificação, o bispo diocesano do Cariri vai escolher alguém para ser o postulador da causa da canonização. O que é o postulador? É a pessoa que vai recolher os depoimentos das graças e vai selecionar para ver se encontra um milagre. Depois da beatificação, para ser canonizada é preciso a constatação de um milagre aprovado por uma junta médica do País e outra do Vaticano dizendo: "Olha isso aqui, a medicina não tem explicação científica. Só pode ter sido uma explicação divina". A partir daí, será a canonização. Vai depender do milagre.

OP – Qual a diferença entre graça e milagre?

Padre Paulo – Há muitos testemunhos de graças alcançadas. Agora, um milagre tem de ser uma coisa muito forte. Tem de ser uma coisa que a ciência atesta que ali não houve uma intervenção (da medicina). Testemunhos de graças nós temos muitos. Em todos os lugares pelos quais eu passo sempre tem alguém que testemunhou uma graça.

OP – O caso do Raul que assassinou a Benigna. Ele disse que ela teria operado um milagre ao salvar a vida dele depois do crime, na cadeia.

Padre Paulo – No livro sobre Benigna está escrito que o irmão dela (Cirineu) entrou na polícia para vingar a morte da irmã que o criou. Teve duas oportunidades, mas não teve coragem. Um amigo de farda disse que faria o serviço, teve de frente com Raul e uma voz interior disse que não o fizesse. Se houvesse derramamento de sangue, eu não estaria nem aqui conversando contigo porque não haveria processo (de beatificação). É um sinal da intervenção da Menina o sangue não ter sido derramado. Pelo contrário, o amor vigorou. Foi uma graça alcançada.

OP – Depois da beatificação muda em que o culto à Benigna no interior da igreja?

Padre Paulo – Sim, ela será entronizada no altar de nossa paróquia, em Santana do Cariri. Em todo território da diocese e do Brasil poderá ter estátua no altar, culto, novena. Só no Brasil. Depois da canonização é que poderá ser cultuada no restante do mundo. Já podendo ter manifestação pública da fé.

Perfil da Menina Benigna

Nome: Benigna Cardoso da Silva (15/10/1928 – 24/10/1941)

Idade: 13 anos

Local de nascimento: Sítio Oiti, em Santana do Cariri

Filiação: É a quarta filha do casal de agricultores José Cardoso da Silva e Tereza Maria da Silva. Não tinham casa nem terra, eles eram moradores de um sítio em Santana do Cariri

Órfã: Fica órfã de pai e mãe aos 3 ou 4 anos de idade. Com os duas irmãs e um irmão, Benigna passa a ser criada por duas senhoras que eram filhas dos donos da terra onde moravam

Morte: Foi assedia sexualmente e morta a facadas por Raul Alves, 17 anos, em 24/10/1941 quando tinha 13 anos de idade

O que aconteceu com Raul Alves? - Depois de matar Benigna, ele foi condenado e preso em Maracanaú. Após cumprir a pena, viajou para São Paulo e, 40 anos depois, voltou à Santana do Cariri onde teria ido pedir perdão no túmulo da menina e ao pároco da época.

Beatificação: 24/10/2022

Canonização: Ocorrerá depois da comprovação de um milagre operado por Benigna

Algumas virtudes de Benigna, segundo o Vaticano

Benignidade e caridade. Ela traz na vida e no próprio nome, segundo o padre Paulo Evangelista. “Sem amor, ninguém se santifica”. O amor de Benigna, segundo o processo de beatificação, se manifestou dentro de casa quando criou o irmão Cirineu e cuidou das duas senhoras idosas. As irmãs se casaram e foram embora.

Altruísmo e misericórdia. O amor também foi manifestado por Benigna na escola, onde fez até o 3º ano primário. De acordo com o padre Paulo Evangelista, mesmo criança e sendo pobre, ela levava uma amiga para estudar. Ela também se recusava a aplicar o castigo da palmatória nos outros alunos.

Vida interior ou vida de oração. Todos os dias, segundo depoimentos, Benigna rezava o terço e, aos domingos, percorria pelo menos dois quilômetros para assistir a missa na matriz de Santana do Cariri. Toda 1ª sexta-feira de cada mês se confessava.

Resistência à tentação. Resistiu ao assédio sexual de Raul Alves, 17 anos, um adolescente que estudava na mesma sala de aula de Benigna. Ela, segundo o padre Paulo Evangelista, procurou o pároco Christiano Coelho para falar sobre o assédio. Ele recomendou que ela viesse morar em Santana do Cariri, mas ela não quis abandonar o irmão e as duas idosas.

A fidelidade até a morte. Benigna, de 1 metro e 41 centímetros de altura, foi atacada por Raul quando a menina foi buscar água no poço. Ela lutou contra o estuprador e foi morta com golpes de facão na mão direita, nos rins, na cabeça e no pescoço.

O que são as relíquias de um santo?

Para a igreja católica, a relíquia é uma extensão do santo e um instrumento da graça de Deus. Onde está a relíquia, ali se evoca a lembrança, o testemunho e a fidelidade à pessoa do santo.


Relíquia de 1º grau - são partes do corpo do santo, são ossos, cabelos.

Relíquia de 2º grau - São os objetos, vestes, calçados que pertenceram à pessoa santa. Um vestido, uma calça, um livro.

Relíquia de 3º grau – É algo físico que teve contato com o corpo exumado da beata ou da santa. No caso de Benigna, são pedaços de um pano que tocaram os ossos da menina e foram transformados em santinhos.

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