Após a reabertura temporária, o Museu Nacional - UFRJ lançou uma votação para escolher o nome do esqueleto de uma baleia-cachalote. O animal encalhou no dia 1º de janeiro de 2014, na Praia de Curimãs, município de Barroquinha, a cerca de 393 km de Fortaleza.
A carcaça do mamífero gigante é um dos objetos em exposição no Paço, que inclui o meteorito Bendegó e obras que formavam a estrutura do próprio Museu Nacional.
Com nome científico Physeter macrocephalus, o esqueleto da cachalote pertence a um macho que, em vida, media 15,7 metros de comprimento.
Após o encalhe no litoral de Barroquinha, a carcaça foi removida e passou por um processo de limpeza, preparação e montagem conduzido por especialistas. Hoje, a carcaça é tida como o maior cachalote montado na América do Sul.
Cinco nomes foram selecionados para a escolha do público. São eles: Chico Cachaló, Pirapuãn, Zeca Chalote, Leviatã e Dom Cachalote.
A votação segue aberta até a amanhã, 7, e pode ser feita por meio de um formulário disponibilizado pelo Museu Nacional. O resultado será divulgado na quarta-feira, 8.
Ao todo, o Museu recebeu 658 sugestões, analisadas por uma comissão formada pelo diretor do Museu Nacional, Alexander Kellner; pela ambientalista Fe Cortez; pela velejadora Heloisa Schurmann; pela ex-velejadora Isabel Swan; e pela médica Margareth Dalcolmo.
Segundo o Museu Nacional, os cachalotes são os maiores cetáceos com dentes (Odontoceti) e são, também, os maiores carnívoros do planeta de todos os tempos, maiores até que os dinossauros T. rex e Spinosaurus. O comprimento dos machos varia de 15 a 20 m, e o das fêmeas, de 12 a 14m. Os maiores indivíduos machos chegam a pesar 80 toneladas. Os filhotes nascem com cerca de 4 a 5 m e com 1 tonelada.
Na noite do dia 2/9/2018, o Paço de São Cristóvão que abrigava grande parte do acervo do Museu Nacional foi atingindo por um incêndio. Foi o maior desastre da história da instituição. O esqueleto da cachalote do Ceará foi doado para recompor o acervo.